“Assim que a auditoria for concluída, eles emitirão um relatório”, disse Rua ao site G1, acrescentando que este documento já pode conter uma decisão de Beijing.
A China é a maior importadora de carne de frango do Brasil. O país suspendeu o comércio em 16 de maio após a detecção do primeiro e único caso de gripe aviária em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Medidas de contenção foram imediatamente ativadas devido ao incidente, incluindo o abate preventivo de aves, a limpeza completa da área afetada e a suspensão de todas as atividades de avicultura na região.
O surto foi controlado naquele mesmo mês, e o país sul-americano declarou-se livre da doença.
A União Europeia (UE), sétima maior importadora de frango brasileiro, retomou gradualmente suas compras nesta terça-feira.
A partir de 23 de setembro, as exportações estão autorizadas para todo o Brasil, exceto o Rio Grande do Sul. No entanto, a autorização se aplica apenas às aves criadas após 18 de setembro.
Em 2 de outubro, as exportações serão autorizadas para essa divisão territorial, exceto para a área ao redor da granja afetada em Montenegro.
Enquanto isso, em 16 de outubro, os embarques de locais próximos à granja serão autorizados.
No início de setembro, a UE já havia reconhecido o Brasil como livre da gripe aviária.
“Com a reabertura oficial, o setor espera que as exportações retornem aos patamares previamente estabelecidos, com possibilidade de aumento devido à demanda reprimida durante esse período de suspensão”, afirmou a Associação Brasileira de Proteína Animal em comunicado.
De janeiro a maio, as exportações de frango para o bloco europeu atingiram 125,3 mil toneladas, volume 20,8% superior ao mesmo período do ano passado.
A receita totalizou aproximadamente US$ 386,3 milhões, um aumento de 38% em relação a 2024.
O Brasil declarou-se livre da doença em 18 de junho, após 28 dias sem registrar casos em fazendas. O período começou em 22 de maio, após a conclusão da desinfecção da fazenda em Montenegro.
A UE e outros 16 países já haviam suspendido as restrições à exportação, incluindo o Japão, o terceiro maior comprador do país, e o Iraque, o nono.
A restauração do status sanitário fortalece a posição do Brasil no comércio internacional, em um momento em que a segurança alimentar é uma prioridade global.
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