Terça-feira, Setembro 23, 2025
NOTÍCIA

Beisebol Cubano: O Ano das Vespas?

Santiago de Cuba, 22 de setembro (Prensa Latina) As Vespas de Santiago de Cuba estão aproveitando um dia de descanso hoje, após um início devastador que as colocou na liderança do campeonato cubano de beisebol.

No Parque Céspedes, cada home run é discutido com sarcasmo, as estatísticas são revisadas nas portas do Enramadas como se fossem histórias de família e, nos bairros, o eco dos jogos ainda paira no ar. Com 13 vitórias e apenas duas derrotas, os garotos de Eddy Cajigal devolveram a Santiago aquela velha certeza de que seu Estádio Guillermón Moncada é território sagrado.

Não é apenas a liderança da série que é empolgante, é a maneira como chegaram lá: uma média de rebatidas impressionante de 0,350, 35 home runs — mais que o dobro do time mais próximo — e 162 corridas em apenas 15 jogos.

Nas ruas, os torcedores recitam nomes como encantamentos: Yoelquis Guibert, o líder em home runs com sete; Raydel Sánchez e Yoel Yanki, seis cada; José Luis Gutiérrez, Harold Vázquez, Francisco Martínez e a incansável Edilse Silva, completando um bloco de sete homens com uma incrível média de rebatidas de .428 e 113 corridas impulsionadas.

A disciplina na caixa de rebatidas também conta: 104 walks recebidos, além de nove bases roubadas em dez tentativas, e uma média de rebatidas feroz de .385 com bases por base.

Sua produção com o bastão também é muito oportuna, com 28,71% dos corredores que encontram em posição de pontuação, também em primeiro lugar nessa categoria.

E embora a defesa (.970) ofereça alívio considerando temporadas anteriores, o arremesso continua sendo uma preocupação, com um ERA de 5,65 e um bullpen que foi punido com um ERA de 6,99. Os torcedores sabem disso, mas, por enquanto, o ataque disfarça qualquer brecha.

Já se passaram 17 anos desde a última vez que o “Rolo Compressor” comemorou um título nacional. Entre 1999 e 2008, eles deixaram para trás seis títulos e uma atuação lendária, mas, desde então, apenas altos e baixos e um terceiro lugar em 2023 servem como sinal de ressurreição.

Hoje, enquanto o sol de setembro se põe na Sierra Maestra e as crianças brincam de bola nas ruas, a pergunta paira de boca em boca, meio desejo, meio desafio: será este, finalmente, o ano das Vespas?

jha/blc/glmv

RELACIONADAS

Edicão Portuguesa