Para a deputada, os valores aprovados nos últimos cinco anos foram “uma aberração” e esse legado ainda pesa sobre as finanças públicas.
Prado disse ao jornal La Prensa que o país enfrenta uma crise financeira agravada por “milhões e milhões em orçamentos vencidos e benefícios não pagos” e compara a situação do legislativo a um “câncer metastático” que mina a confiança pública.
Sobre as sessões da Comissão Permanente de Orçamento, ela indicou que elas são apenas uma revisão linha por linha de como todo o dinheiro dos panamenhos é gasto em cada instituição.
Em sua opinião, é evidente que algumas entidades precisam de mais investimentos e estão implementando cortes preocupantes, como a Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e os ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Agrário.
Em contraste, em outras áreas onde a economia poderia realmente ser feita, como despesas de viagem, seguros, despesas de representação e bônus, ela não está sendo feita, comentou.
Para a deputada, o governo anterior de Laurentino Cortizo (2019-2024) não só dobrou a dívida, como também milhões de dólares em dívidas vencidas e bônus por antiguidade, que são benefícios devidos aos panamenhos, o que representa um ônus ainda maior para as finanças do Estado.
Sobre o atual Poder Executivo, ela disse: “A transparência tem que ser uma prioridade, mas nem sempre a vemos.” No final, todos nós pagamos pelos estouros de orçamento, como é o caso da Quarta Ponte, uma obra que começou com um orçamento de aproximadamente US$ 1,5 bilhão e agora custa o dobro, devido à negligência e à falta de certeza sobre a punição neste país”, enfatizou.
Ela também se manifestou contra, afirmando que as despesas com seguros privados para servidores públicos são injustificáveis, em um momento em que se exige contenção de gastos e austeridade.
A questão dos privilégios (seguros, despesas de representação e, sobretudo, o número desproporcional de funcionários administrativos em comparação com funcionários com especializações nas áreas em que são realmente necessários) é uma das mais preocupantes para a sociedade panamenha, afirmou.
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