Embora vários bailarinos cubanos tenham se apresentado neste país europeu, incluindo figuras de destaque do BNC, a companhia nunca expôs sua arte neste local, cuja academia se tornou uma das referências da escola de balé cubana.

O emblemático Teatro Real de Copenhague sediará neste sábado uma apresentação do clássico Dom Quixote, obra utilizada em competições ao redor do mundo, em múltiplas versões e formatos.

As bailarinas principais Anette Delgado e Dani Hernández assumirão os papéis principais de Kitri e Basilio, alegres, impulsivos, apaixonados e cheios de vigor, em uma trama de amor e ciúmes; mas, em suma, muito divertida.

Sob a direção de Viengsay Valdés, os papéis principais serão alternados no domingo por Gabriela Druyet e Ányelo Montero (em apresentação matinal) e Grettel Morejón e Yankiel Vázquez (apresentação regular à tarde).

O BNC apresenta uma adaptação do clássico pelas bailarinas e professoras cubanas Marta García, María Elena Llorente e Karemia Moreno, que exige alto virtuosismo.

O famoso romance do autor espanhol Miguel de Cervantes recebeu uma versão transcendental para dança em dezembro de 1869 no Teatro Bolshoi, em Moscou, por iniciativa do coreógrafo francês Marius Petipa, que incorporou à peça a maioria dos elementos do estilo clássico que ele próprio desenvolveu na Rússia.

O balé, é claro, se baseia no livro “O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha” e, especificamente, em passagens como a famosa Batalha dos Moinhos de Vento, o manto de Sancho Pança agitando-se na estalagem e a epígrafe conhecida como “As Bodas de Camacho”.

Dom Quixote exerce um estranho fascínio sobre jovens artistas ao redor do mundo, já que dificilmente há uma grande competição em que pelo menos um fragmento não seja dançado: uma variação ou um pas de deux.

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