Quarta-feira, Setembro 17, 2025
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Brasil nega pedido de ex-assessor de Bolsonaro sobre condenação

Brasília, 17 set (Prensa Latina) O juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal do Brasil, negou o pedido de Mauro Cid, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, de declarar cumprida a condenação de dois anos que pesa hoje sobre sua pessoa por golpista.

Segundo Moraes, o eventual arquivamento só será analisado depois que for determinada a execução penal.

“Considerando que o momento processual adequado para analisar os pedidos apresentados é com o início da execução da sentença e após a sentença definitiva desta ação penal, indefiro o pedido apresentado pelo réu Mauro Cid”, declarou o magistrado.

A sentença definitiva surgiu quando se esgotaram todos os recursos disponíveis contra a condenação.

A equipe de advogados do tenente-coronel ainda tem tempo para apresentar recursos de esclarecimento e outros que violem a decisão da primeira câmara do Supremo Tribunal Federal.

Um primeiro passo para apresentar um recurso é que a sentença ainda nem foi publicada.

A defesa de Cid solicitou a anulação da decisão em 12 de setembro, um dia após a sanção contra o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

De acordo com os advogados, “considerando que a pena imposta foi de dois anos e que Cid está em liberdade condicional há mais de dois anos e quatro meses, a sentença foi arquivada sem margem para dúvidas”.

Cid foi preso preventivamente em maio de 2023. Seis meses depois, De Moraes revogou a prisão provisória e impôs medidas cautelares depois que o militar assinou um acordo de confissão de culpa com a Polícia Federal (PF).

Desde então, o ex-assessor é monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica e permanece confinado à noite e nos finais de semana.

Sem a anulação do veredicto, Cid permanecerá sob medidas cautelares.

Além da vigilância eletrônica e da prisão domiciliar, o tenente-coronel está proibido de usar redes sociais e deve permanecer no Tribunal Distrital de Brasília e comparecer ao tribunal semanalmente às segundas-feiras.

Cid foi acusado no chamado núcleo um ou crucial da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, denunciado pela Procuradoria Geral da República, recebendo a pena mais curta por ter feito um acordo com a PF.

Ele solicitou um indulto judicial ou uma pena inferior a dois anos de prisão, como benefício, e o STF impôs-lhe por unanimidade uma pena de prisão fechada.

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