Professor da Universidade Mayor de San Andrés e consultor internacional em questões energéticas, Cardona proferiu uma palestra sobre Extração Direta de Lítio com Cadeia de Valor Agregado durante o encontro realizado no Hotel Átix, no sul de La Paz.
Sob o título “O Futuro do Lítio na Bolívia: Segurança Jurídica e Oportunidades Globais”, o debate contou com cinco palestrantes.
Em sua intervenção, Cardona considerou importante que as empresas selecionadas tenham centros de pesquisa, como os promovidos na Bolívia.
Ele indicou que esse tipo de opção tem demonstrado capacidade científica, visível na produção de cátodos de ferro, lítio e fósforo, bem como de baterias.
Ele mencionou que atualmente existem plantas piloto, mas insistiu que é preciso avançar em direção à industrialização.
Sobre o programa em andamento da Bolívia para essa área, ele informou que o plano prevê três plantas de extração direta e três plantas de hidróxido de lítio somente no Salar de Uyuni e no Sul, com uma produção anual de 200.000 toneladas.
“A Bolívia respeita o investimento privado com a Constituição vigente; o mito de que não há segurança jurídica ou que a iniciativa privada é proibida é falso”, esclareceu.
Ele enfatizou que essa situação favorável não existe no Peru, Chile ou Argentina.
Com base nisso, Cardona acredita que o valor agregado deve estar nos contratos e enfatizou que “é aí que reside o verdadeiro ganho”.
Em relação à região sul-americana, ele sustentou que ela deve se tornar uma potência como China, Rússia, União Europeia ou Estados Unidos.
Nesse sentido, ele enfatizou que a Bolívia deve fazer parte desse mecanismo regional.
Ele insistiu que estamos na fase de baterias e indicou que elas também podem ser usadas para armazenar energia, uma opção que poderia ser usada em vez de fontes como gás em horários de pico ou usinas hidrelétricas.
Junto com Cardona, o painel incluiu Alfonso Pérez, Gerente de Projetos e Contratos da Yacimientos de Litio Bolivianos; Ernesto Rossel, Sócio-Diretor de Estratégias Corporativas Globais; Andrés Brockman, Consultor Internacional em Lítio e Petróleo e Gás; e Alberto Pérez, presidente do Comitê Cívico de Potosí.
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