Durante entrevista no programa Frente a Frente, sobre a Telecorporação Salvadorenha (TCS), María Luis Hayem, Ministra da Economia, afirmou estar confiante de que o crescimento ultrapassará 2,5%, apesar de algumas projeções situarem o país abaixo desse valor.
Resta saber se essa projeção será sustentada por um aumento do dinamismo nos últimos meses de cada ano e pela chegada de investimentos que impulsionem o processo produtivo, atualmente afetado por tarifas e uma dinâmica internacional turbulenta.
Hayem expressou seu otimismo em fechar este ano com um crescimento superior ao observado em décadas anteriores. “Estamos falando de uma estimativa de 2,5% e 3%”, enfatizou.
Recentemente, a Secretaria Executiva do Conselho Monetário Centro-Americano (SECMCA) previu que a economia salvadorenha cresceria 2,9% este ano, um sinal positivo após meses de expectativas que apontavam para resultados mais baixos nos balanços de agências de crédito como o FMI e o Banco Mundial.
O Ministério das Relações Exteriores e Cooperação (MINEC) enfatizou que o aumento do investimento estrangeiro direto (IED) é um requisito para o crescimento econômico, especialmente agora que a insegurança deixou de ser um obstáculo para o país.
No entanto, economistas como Cesar Villalona, estudioso dos processos produtivos do país, expressam dúvidas sobre o crescimento em um cenário em que a dívida pública está aumentando para mais de US$ 30 bilhões e os pagamentos de juros vencem nos próximos meses.
No entanto, Hayem estima que haverá um aumento nos fluxos de capital de empresas que já estavam no país e decidiram expandir suas operações.
Por outro lado, alguns especialistas sugerem que o governo monitore de perto o processo deflacionário que o país enfrentou nos últimos cinco meses, o que pode se tornar um risco.
No entanto, o ministro salvadorenho afirmou que essa taxa de inflação negativa não é vista como um risco econômico.
Algo que poderia ser favorável, se concretizado, é uma injeção de capital anunciada por líderes empresariais mexicanos, que poderia ultrapassar dois bilhões de dólares até o final de 2025 e impulsionaria o crescimento econômico.
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