Alfonso testemunhou o ataque à chamada Flotilha da Liberdade em 1º de maio de 2025, quando se dirigia para Gaza.
Seu depoimento, compartilhado com a Prensa Latina, relata que, nas primeiras horas daquele dia, o navio Conscience, parte da Coalizão Flotilha da Liberdade, foi atacado por drones não identificados enquanto se preparava para transportar ajuda humanitária para Gaza.
A embarcação, que navegava sob bandeira de Palau, estava em águas internacionais perto de Malta quando foi alvo de um ataque que colocou em risco a vida de sua tripulação, incluindo jornalistas e ativistas de diversas nacionalidades.
Diana agora lembra que o incidente ocorreu em um momento simbólico: exatamente um ano após o presidente colombiano Gustavo Petro anunciar o rompimento das relações diplomáticas com Israel em 1º de maio de 2024.
Em um discurso histórico na Praça Bolívar, Petro denunciou o genocídio em Gaza e declarou: “Se a Palestina morrer, a humanidade morre”.
“A Europa permite que seu território seja usado para ações terroristas. A soberania europeia é sacrificada no altar dos interesses israelenses”, afirma a ativista colombiana.
A ativista reconhece, no entanto, que este, como outros ataques anteriores que ceifaram vidas humanas, não impediu missões humanitárias, como a atual Flotilha Global Sumud, composta por mais de 50 navios de 44 países, que navegam em direção a Gaza na maior missão civil para romper o cerco marítimo.
Em seu depoimento, Alfonso denunciou a “cumplicidade dos países europeus” e destacou que “a Europa rasga as roupas proclamando que reconhece a Palestina, mas depois envia armas à OTAN, terceirizando ações violentas que encobrem genocídios”.
O jornalista afirma claramente que “o cerco e o bloqueio de Gaza começam nas fronteiras do Ocidente, no próprio Mar Mediterrâneo”.
Alfonso desmistificou o caráter religioso que se pretende dar ao conflito e apontou o Estado de Israel como “sempre traiu os valores clássicos do judaísmo”.
Ele caracterizou a doutrina da elite israelense como supremacista, portadora de um projeto colonial, cujo objetivo é impor-se à cultura palestina e ocupar seu território.
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