Quarta-feira, Setembro 10, 2025
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América Latina esteve presente no Festival de Cinema de Veneza

Veneza, 7 set (Prensa Latina) Além do mexicano Guillermo del Toro, considerado a presença latino-americana no recém-concluído Festival de Cinema de Veneza, chamaram a atenção aqui as obras de dois jovens, um do Equador e outro de Cuba.

Embora desta vez tenha saído sem prémios, Del Toro apareceu na 82ª edição da Mostra com a sua versão de Frankenstein, um excelente filme, segundo os críticos, mais próximo do cinema hollywoodiano dos seus últimos trabalhos do que do primitivo e fantástico O Labirinto do Fauno, produzido entre o México e a Espanha.

No entanto, da América Latina, também competiu no Festival Hiedra, da jovem realizadora equatoriana Ana Cristina Barragán, vencedora do Prêmio Horizontes de Melhor Argumento, seção do concurso dedicada a promover novas vanguardas e estéticas cinematográficas.

E em Horizontes também foi estreado e concorreu, entre os catorze curtas-metragens apresentados, Norheimsund, da cubana Ana Alpízar, formada pela Faculdade de Artes Audiovisuais da Universidade das Artes de Havana e pela Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de los Baños.

Residente nos Estados Unidos, onde estuda direção de cinema na Universidade de Nova Iorque, a obra de Alpízar no Festival de Veneza aborda a emigração, um tema universal que também afeta Cuba.

O título do curta-metragem de ficção, Norheimsund, é o nome de uma cidade na Noruega, local de onde um de seus habitantes estabelece comunicação telefónica amorosa com uma jovem cubana, que junto com sua mãe faz todo o possível para que esse homem se torne o caminho ideal para abandonar o país.

Com ou sem prêmios, o fato de as obras destas duas jovens latino-americanas terem sido selecionadas para competir em Veneza, berço do festival de cinema mais antigo do mundo e um dos mais relevantes no circuito anual de competições internacionais, constitui por si só um importante reconhecimento.

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