A imprensa regional denunciou dezenas de mortos e feridos neste domingo, como resultado de uma nova onda de ataques das Forças Armadas Israelenses (FDI) contra a cidade.
Fontes médicas informaram que oito pessoas perderam a vida e várias outras ficaram feridas num ataque aéreo contra a escola Al-Farabi, que abrigava pessoas deslocadas naquela localidade.
Outras 11 pessoas morreram, incluindo quatro crianças, em dois incidentes semelhantes contra uma tenda no bairro de al-Rimal e um apartamento no bairro de Sheikh Radwan.
Nas últimas 48 horas, as FDI começaram a derrubar torres residenciais na cidade, que Israel não atacou até o momento para evitar maiores condenações internacionais.
As televisões árabes mostraram imagens de residentes a atirar objetos dos andares superiores para salvar pelo menos parte dos seus pertences, após as ordens de evacuação militares.
A campanha de bombardeamentos intensificou o êxodo em massa dos palestinos para a região sul da Faixa, apesar dos apelos insistentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) para que a população permanecesse na cidade.
O grupo armado acusou o país vizinho de forçar o deslocamento e de levar a cabo uma política de «limpeza étnica sistemática contra civis inocentes».
Em meio a esse cenário, o canal israelense i24 citou um funcionário de segurança que antecipou uma importante escalada bélica na próxima semana.
De acordo com as FDI, os militares agora controlam mais de 40% da cidade de Gaza, a mais populosa do território.
As Nações Unidas calculam que a campanha terrestre para recapturá-la coloca em risco a vida de quase um milhão de palestinos e, por isso, pediram a suspensão da operação, embora o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenha prometido que ela continuará até o fim.
Na semana passada, a Defesa Civil do território afirmou que as FDI destruíram mais de 85% das habitações e infraestruturas nos bairros de Shuja’iyya e Tuffah, e 70% em Zeitoun, Sabra, Jabalia, Nazla e Balad.
Há também muitos danos nas cidades vizinhas de Beit Hanoun e Beit Lahia, acrescentou.
Por sua vez, o Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos denunciou que o exército destrói, em média, cerca de 300 casas por dia nas cidades de Gaza e Jabalia.
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