O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, explicou no evento que as concessões fazem parte da Estratégia de Licitação e Exploração aprovada pelo Executivo para mitigar a diminuição da produção de hidrocarbonetos, e acrescentou que, até o momento, foram adjudicados 35 blocos.
Desse total, 18 pertencem à Bacia do Baixo Congo, 11 à Bacia do Kwanza e seis à Bacia do Namibe, além de que as negociações de outros 13 estão em fase final, observou.
Segundo o ministro, entre 2017 e 2024 foram investidos nesta área 84 mil milhões de dólares e renovados vários contratos.
O país busca alternativas, pois desde 2016 a produção de petróleo diminuiu com quedas de até 15%, com os consequentes impactos na economia nacional, muito dependente desse setor.
O ministro atribuiu o declínio na extração a fatores como um modelo de governança inadequado ao contexto atual da indústria, falta de processos de licitação para novas concessões, redução do investimento em exploração e ausência de legislação adequada, entre outros.
Todos esses aspectos estão no centro da atividade do Executivo, que adotou medidas para incentivar a produção de petróleo, afirmou.
Na véspera, o presidente João Lourenço também abordou o tema ao inaugurar a Conferência e apelou à promoção da exploração e produção de hidrocarbonetos na zona terrestre do país, tendo em conta os baixos custos operacionais.
O presidente destacou ainda a necessidade de aproveitar o potencial existente nesta área, de acordo com estudos realizados.
Ele mencionou as ações governamentais para mitigar a diminuição da produção de petróleo, entre elas a Estratégia de Exploração 2020-2025 e a Estratégia de Licitação 2019-2025.
Lourenço destacou que o Executivo defende uma exploração responsável e sustentável dos combustíveis fósseis, destinando parte de suas receitas e capacidade técnica para impulsionar e fortalecer gradualmente o uso de fontes renováveis de energia, como a solar, a eólica e a biomassa, entre outras.
Sob o lema “Angola 50 Anos: o petróleo e o gás como motor de desenvolvimento”, a Conferência reuniu em Luanda 2.500 participantes, entre líderes governamentais, altos executivos da indústria petrolífera e investidores internacionais, entre outros.
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