Em 15 de setembro, El Salvador comemora o Dia da Independência das nações centro-americanas do domínio espanhol em 1821.
A data é um feriado nacional comemorado com desfiles, eventos cívicos e atividades culturais para honrar a liberdade e à autodeterminação do país.
À margem das atividades do governo que ocupam essa data, as organizações disseram que nesse dia marcharão para exigir a liberdade de pelo menos 60 presas e presos políticos que, segundo eles, estão atualmente nas prisões.
Na véspera, esses grupos, que incluem defensores dos direitos humanos, ambientais, sindicais, indígenas e da saúde, incluindo setores religiosos, convocaram para exigir nesse dia a liberdade das pessoas detidas por pensarem diferente e por denunciarem supostas barbaridades do atual governo.
Rafael Narváez, do Bloco de Resistência e Rebeldia Popular, convocou em coletiva de imprensa a população a protestar para “exigir a liberdade de todos os presos políticos e o fim da perseguição contra os companheiros líderes ambientais de Santa Marta”.
Entre os detidos mais notáveis, segundo eles, estão a advogada Ruth López, que já está presa há 107 dias, outro jurista, Enrique Anaya, capturado no início de junho, e o ambientalista Alejandro Henríquez, capturado em meados de maio.
Por outro lado, outros grupos denunciaram que o regime de exceção “transformou as prisões em um negócio”, devido às altas quantias que os familiares devem pagar para levar suprimentos aos presos.
A esse respeito, na terça-feira, a organização não governamental Cristosal divulgou um documento que expõe testemunhos relacionados a três casos de supostas cobranças ilegais ou extorsões a familiares de detentos para visitar seus familiares, prestar-lhes cuidados médicos ou fornecer-lhes medicamentos.
Essas e outras denúncias acompanharão a marcha que partirá no dia 15 de setembro do parque Cuscatlán, no centro da cidade, na avenida Roosevelt, até o centro histórico de San Salvador.
oda/lb/bm