Para apoiar ainda mais os exportadores, as autoridades implementaram a medida temporária de 19 de agosto a 30 de setembro, e nesta quinta-feira o Ministério das Finanças anunciou que ela permanecerá em vigor até 31 de dezembro deste ano.

De acordo com especialistas, a decisão visa proteger as indústrias têxteis locais do aumento de tarifas contra a Índia, imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para 50%, devido a um adicional de 25%.

Analistas alertaram que a sanção econômica, imposta sob o pretexto de compras indianas de petróleo russo, afeta principalmente os setores indianos com uso intensivo de mão de obra, como as indústrias têxtil, de joias, de carpetes, de camarão e de móveis.

Recentemente, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, reiterou o compromisso de seu governo com pequenos empresários, comerciantes, agricultores e pecuaristas, diante do que chamou de política de egoísmo econômico em todo o mundo.

A Índia classificou o aumento de tarifas dos EUA como injustificado e irracional e afirma que tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar seus interesses nacionais e a segurança econômica de seus 1,4 bilhão de habitantes.

Na semana passada, respondendo a reportagens da mídia russa sobre o pretexto de Trump para impor a sanção, o Ministro das Relações Exteriores Subrahmanyan Jaishankar afirmou que seu país não é o maior comprador de petróleo e gás natural russos, nem o que apresentará o maior aumento no comércio com a Rússia após 2022.

De fato, segundo dados oficiais, em 2024 a União Europeia (UE) registrou um comércio bilateral de mercadorias com a Rússia no valor de € 67,5 bilhões.

O comércio de serviços entre a UE e Moscou é estimado em € 17,2 bilhões em 2023.

As importações europeias de gás natural em 2024 atingiram o recorde de 16,5 milhões de toneladas, superando o recorde anterior de 15,21 milhões de toneladas em 2022.

O comércio entre a Europa e a Rússia inclui não apenas energia, mas também fertilizantes, mineração e produtos químicos, ferro e aço, máquinas e equipamentos de transporte.

Os Estados Unidos também continuam importando hexafluoreto de urânio da Rússia para sua indústria nuclear e paládio para sua indústria de veículos elétricos, além de fertilizantes e produtos químicos.

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