Em comunicado, a organização fundada pelo ex-presidente Rafael Correa observou que as evidências demonstram, contraditoriamente, que as drogas são produzidas principalmente na Colômbia, país que abriga sete bases militares americanas supostamente destinadas a conter esse flagelo.
“A contradição é ainda maior se olharmos para os Estados Unidos. Com todo o seu poder tecnológico, com seus radares, satélites e sistemas globais de vigilância, não pode — ou não quer — controlar suas próprias fronteiras, seus portos e seus territórios, que continuam sendo o principal destino do narcotráfico global”, observou a RC.
O movimento político questiona como o país do norte pretende dar lições aos outros se nem sequer resolve o que está acontecendo “em sua própria casa” enquanto “inventa farsas midiáticas como a do chamado Cartel dos Sóis”.
Segundo o comunicado, o único objetivo é atacar governos soberanos e justificar sanções e intervenções.
“No Equador, por outro lado, manteve-se silêncio sobre a presença da máfia albanesa, diretamente ligada ao ex-presidente Guillermo Lasso. Um claro padrão duplo”, enfatizou o partido, cuja atual presidente é Luisa González, ex-candidata à presidência.
O RC afirma que não busca combater as drogas, mas sim controlar recursos estratégicos, e isso é demonstrado pela Venezuela, onde “por trás das acusações e invenções, o que realmente querem é se apoderar do petróleo venezuelano”.
“Chega de interferência! Chega de hipocrisia! A América Latina merece respeito e autodeterminação.” “Estados Unidos, tirem as mãos da nossa região, tirem as mãos da Venezuela!” dizia a declaração.
A declaração ocorre em meio a tensões devido ao envio de forças militares dos Estados Unidos para o Caribe Oriental de forma ameaçadora contra a Venezuela.
Por outro lado, perante membros de seu partido na Europa, González rejeitou os rumores no Equador de que sua campanha para as últimas eleições presidenciais, vencida por Daniel Noboa, “foi financiada por (Nicolás) Maduro”.
“Mas qual é a história aí? Querem nos vincular a ponto de nos perseguir e prender. E provavelmente querem condenar Rafael Correa, querem processá-lo e querem me prender”, alertou o chefe da RC.
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