Quinta-feira, Agosto 21, 2025
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China apoia a soberania da Venezuela e rejeita interferência externa

Beijing, 21 ago (Prensa Latina) A China expressou hoje sua oposição a qualquer ato que atente contra a soberania e a segurança dos países, em relação ao posicionamento de navios estadunidenses no Mar do Caribe, perto da Venezuela.

Em resposta a uma pergunta da Prensa Latina, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, também rejeitou “o uso ou a ameaça do uso da força nas relações internacionais”.

“Nós nos opomos à interferência de forças externas nos assuntos internos da Venezuela sob qualquer pretexto. Esperamos que os Estados Unidos façam mais pelo bem da América Latina e do Caribe”, enfatizou a porta-voz.

O presidente dos EUA, Donald Trump, enviou três navios militares para perto da costa venezuelana sob o pretexto de “interromper o fluxo de drogas” e ameaçou usar a força, dias depois de dobrar a recompensa pela captura do presidente Nicolás Maduro para US$ 50 milhões.

O governo dos EUA enviou mais de quatro mil fuzileiros navais e outros membros da tripulação para as águas da América Latina e do Caribe para combater, segundo ele, os cartéis de drogas.

Os líderes defenderam no dia anterior que a região seja respeitada como uma zona de paz e rejeitaram qualquer ação que comprometa a soberania de seus povos.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, foi categórico em seu discurso na 13ª Cúpula Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América – Acordo Comercial dos Povos (ALBA-TCP).

Ele afirmou que o objetivo dessa reunião era “(…) tornar efetiva toda a nossa solidariedade com o povo e o governo da irmã República Bolivariana da Venezuela, diante da inadmissível provocação dos EUA, que ainda pensam que nossa América continua sendo seu quintal”.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, conclamou a “união de todos os povos rebeldes, de todos os movimentos sociais” da América Latina, do Caribe, dos Estados Unidos, da África e “além”, em defesa do “direito do povo venezuelano à soberania, à paz, à autodeterminação e ao seu futuro”.

Por sua vez, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, denunciou as ações do governo dos EUA contra seu colega venezuelano e as descreveu como uma nova demonstração de força imperial.

O copresidente da Nicarágua, Daniel Ortega, também pediu na 13ª Cúpula Extraordinária da ALBA-TCP que se unam forças para defender a soberania regional.

npg/idm/bm

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