Terça-feira, Agosto 19, 2025
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África do Sul recebe relatório de Putin sobre reunião no Alasca

Pretória, 18 de agosto (Prensa Latina) O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, recebeu um relatório de seu homólogo russo, Vladimir Putin, sobre a recente reunião que manteve com o presidente dos EUA, Donald Trump, em Anchorage, Alasca.

De acordo com um comunicado divulgado hoje pela presidência sul-africana, Putin expressou satisfação com o andamento de suas negociações com Trump e destacou o consenso emergente em relação ao processo de paz.

De acordo com Moscou, a reunião lançou as bases para a exploração de compromissos adicionais na busca pela estabilidade internacional.

Ramaphosa apreciou o gesto de seu homólogo e reiterou a necessidade de maiores concessões em questões-chave para alcançar uma paz duradoura entre a Rússia e a Ucrânia, de acordo com o texto.

O chefe de Estado sul-africano reafirmou que somente por meio de negociações sustentadas será possível encontrar uma solução eficaz para o conflito, que já dura mais de três anos.

Ambos os líderes concordaram em manter os canais de comunicação abertos e prosseguir com a cooperação em questões de interesse bilateral, incluindo comércio, energia e coordenação em fóruns multilaterais como o BRICS.

A África do Sul, um membro influente desse bloco, defendeu uma posição não alinhada em relação à guerra na Ucrânia.

Pretória sustenta que sua responsabilidade histórica exige um papel de mediação e defende os canais diplomáticos como a única alternativa realista ao confronto militar.

Nesse contexto, Ramaphosa liderou uma missão de paz africana em junho de 2023, que viajou a Kiev e São Petersburgo, buscando promover um canal direto de diálogo entre Moscou e a liderança ucraniana.

Embora o progresso imediato tenha sido limitado, a iniciativa consolidou a posição da África como um ator disposto a contribuir para os esforços multilaterais pela paz.

A Presidência enfatizou hoje que a África do Sul continuará a incentivar as partes em conflito a priorizar a negociação em detrimento do confronto, em linha com sua política externa de defesa do multilateralismo e da resolução pacífica de disputas.

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