Terça-feira, Agosto 19, 2025
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Presidente da Bolívia pede reforço à democracia em 2º turno

La Paz, 18 ago (Prensa Latina) Os bolivianos são chamados hoje pelo presidente Luis Arce a reafirmar sua vocação democrática no segundo turno eleitoral que será realizado em 19 de outubro, após as eleições gerais realizadas no dia anterior.

“Saúdo e parabenizo todos os bolivianos e bolivianas que (…) foram às urnas para exercer seu direito e dever cívico para com nosso país, e para eleger de forma democrática o próximo presidente de nosso Estado Plurinacional da Bolívia”, escreveu o chefe de Estado em suas redes sociais.

De acordo com os dados do Sistema de Transmissão de Resultados Preliminares (Sirepre) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), e Jorge Tuto Quiroga, da Alianza Libre, disputarão a votação de 19 de outubro.

Para essas eleições, mais de 7,9 milhões de bolivianos foram convocados para as urnas, tanto na Bolívia quanto em 22 países do mundo.

Embora seja necessário um segundo turno, neste domingo foi definida a composição da Assembleia Legislativa Plurinacional (ALP), na qual, depois de 20 anos, a direita terá a maioria.

Com relação ao segundo turno, Arce afirmou que o povo boliviano agora tem a palavra.

“Temos certeza de que, no segundo turno, nosso povo reafirmará mais uma vez que os bolivianos resolvem nossos problemas pacificamente, demonstrando mais uma vez a vocação democrática que sempre nos caracterizou. A democracia venceu! (…)”, disse ele em sua conta no X.

No dia anterior, o chefe de Estado garantiu que, em 8 de novembro, depois de cumprir seu mandato constitucional, ele entregará a faixa de presidente ao novo chefe de Estado eleito durante a posse.

“(…) De acordo com o calendário elaborado pelo TSE, nós vamos cumprir esse calendário, a Constituição (…). Vamos dar ao nosso país uma saída democrática e uma transição democrática neste seu Bicentenário”, ratificou ele em uma breve declaração à imprensa após votar na unidade educacional Miguel de Cervantes, na área de Miraflores, em La Paz.

Arce lembrou que, em 2020, durante o governo de fato de Jeanine Áñez, ele votou em meio a “perseguição policial-militar” e garantiu que, naquela época, a intenção era “boicotar” as eleições e seu “triunfo eleitoral”.

Em contraste, ele enfatizou que seu governo “cumpriu o que o povo lhe enviou em 2020: recuperar a democracia”.

Ele insistiu que os preceitos democráticos não foram apenas recuperados, mas também preservados apesar de tudo, e que “(…) neste bicentenário, nosso país terá uma solução democrática e uma transição democrática”.

O chefe de Estado destacou a consolidação desse processo eleitoral com a expressão “hoje estamos indo para as eleições apesar de muitos não acreditarem e alguns não quererem”.

otf/jpm/bm

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