Naquela data, marcada em preto na história nacional, apoiadores radicais de Bolsonaro invadiram e saquearam a sede dos Três Poderes na capital.

De acordo com dados do gabinete do desembargador Alexandre de Moraes, relator dos processos no STF, outras 552 pessoas admitiram a prática de crimes menos graves e chegaram a um acordo com a Procuradoria-Geral da República, evitando assim o cumprimento de penas de prisão preventiva. Dez réus foram absolvidos.

Atualmente, 29 pessoas estão em prisão preventiva e 112 cumprem pena definitiva, ou seja, seus julgamentos já foram concluídos e elas estão em processo de cumprimento de pena.

Outros 44 indivíduos, sob investigação ou acusados, permanecem em prisão domiciliar, com ou sem tornozeleira eletrônica. O Supremo Tribunal Federal solicitou a extradição de 61 cidadãos.

Até o momento, o Supremo Tribunal Federal abriu 1.628 processos criminais relacionados a 8 de janeiro, sendo 518 por crimes graves e outros 1.110 por crimes leves.

Ainda há 112 processos pendentes de julgamento, que serão analisados nos próximos meses. Os demais processos judiciais estão em fase probatória.

Do total, 131 processos foram arquivados devido ao cumprimento da pena. Das 638 sanções, 279 resultaram de crimes graves: tentativa de abolição do Estado de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, conspiração criminosa e dano ao patrimônio público.

As 359 medidas corretivas restantes foram por crimes menos graves: incitação e conspiração para cometer um crime.

Em 8 de janeiro de 2023 e no dia seguinte, a polícia prendeu 1.406 pessoas em flagrante em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.

Foi do quartel-general que partiu a maioria dos implicados nos incidentes antidemocráticos ocorridos na Praça dos Três Poderes, na capital, quando o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, foram invadidos e vandalizados.

Desde a vitória eleitoral do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro de 2022, apoiadores de Bolsonaro se reuniram em um acampamento no quartel-general, gritando pedidos de intervenção militar para impedir a posse do fundador do Partido dos Trabalhadores.

Após audiências de custódia realizadas em janeiro de 2023, Moraes manteve 942 pessoas em prisão preventiva.

Desde então, o Supremo Tribunal Federal aprovou 552 acordos de não persecução penal. Esses acordos foram oferecidos a réus que enfrentam acusações menos graves de aliciamento e formação de quadrilha.

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