A homenagem ao estrategista revolucionário, símbolo da resistência global, em seu 99º aniversário, ocorre no complexo cenário internacional que Cuba enfrenta, marcado por pressões econômicas, campanhas midiáticas e desafios internos.
Nesse contexto, a figura de Fidel Castro emerge como referência incontornável, cujo legado político e ideológico continua a orientar a defesa da soberania nacional, da independência e do sistema socialista que ajudou a construir.
Assim, diante da adversidade, a nação se volta repetidamente para o pensamento do estadista, que liderou a Revolução em 1959 e projetou uma visão de um país baseado na autodeterminação e na justiça social.
Sua concepção de soberania transcendia o territorial: implicava independência econômica, identidade cultural e liberdade política de qualquer forma de dominação externa.
O endurecimento do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, juntamente com as campanhas de desinformação e a pressão diplomática, criaram um ambiente hostil e abriram um novo estágio de resistência para a ilha. No entanto, os princípios semeados por Fidel Castro continuam sendo a base da resposta nacional.
Seu pensamento estratégico, sua capacidade de prever cenários e sua insistência na unidade como ferramenta de defesa continuam válidos no discurso e na ação da liderança cubana.
A continuidade desse legado se reflete na firmeza com que as adversidades são enfrentadas, sem renunciar aos ideais revolucionários.
O modelo socialista cubano, concebido por Fidel Castro como um projeto humanista e solidário, continua sendo a espinha dorsal do sistema político e social do país, refletido nas políticas sociais inclusivas e na atenção aos grupos vulneráveis.
Nesse sentido, apesar das dificuldades, Cuba preservou conquistas essenciais, como a educação gratuita, a saúde universal e a proteção social, pilares que o líder cubano considerava inalienáveis.
Em meio a uma crise global que colocou em xeque muitos sistemas, o socialismo cubano busca se renovar sem perder sua essência. Daí os esforços delineados pela Assembleia Nacional (parlamento) na análise da direção do programa para corrigir distorções e dinamizar a economia.
Da mesma forma, os cubanos de hoje demonstram sua vocação para a resistência e a vontade de superar obstáculos como a instabilidade do Sistema Nacional de Eletroenergia e o alto custo dos alimentos e suprimentos essenciais.
As novas gerações, embora enfrentem desafios diferentes dos de seus pais e avós, encontram em Fidel Castro uma fonte de inspiração. Seu exemplo de dedicação, coerência e visão estratégica continua a ser uma fonte de estudo, reflexão e compromisso político.
Na ilha, eles se lembram de que seu líder histórico promoveu um socialismo criativo, participativo e profundamente ético, capaz de se adaptar aos tempos sem ceder às pressões do mercado ou à lógica neoliberal.
A atual batalha pela soberania não é uma repetição mecânica do passado, mas uma continuidade histórica, dizem os líderes do projeto social cubano.
Fidel ensinou que a independência não é negociável, que a dignidade não está à venda e que a resistência faz parte da alma da nação cubana, enfatizam.
Em cada ato de defesa do projeto socialista, em cada decisão que reafirma a vontade de ser livre, a marca de Fidel Castro está presente. Não como uma figura estática do passado, mas como uma força viva que impulsiona o presente e guia o futuro.
Cuba continua sendo, como ele sonhou, um país que não se ajoelha, que pensa com sua própria cabeça e defende seu direito de construir um destino soberano. Nessa batalha, Fidel Castro continua sendo um comandante de ideias.
oda/lld/bm