Embora já se fale do fim do conflito, as cinco condições impostas pelo governo para interromper a conflagração significam, na verdade, uma guerra eterna, questionou Amos Yadlin, que atuou como diretor de Inteligência Militar.
Em um artigo de opinião publicado no site do Canal 12, Yadlin criticou a postura “obediente e submissa” do gabinete de segurança, que aceitou a proposta do político de direita apesar da oposição do Exército.
Essa decisão perpetua a guerra, leva à morte de prisioneiros israelenses nas mãos de milícias palestinas, a um regime militar e à “escravização econômica e militar da Faixa”, alertou.
No mesmo meio de comunicação, o general israelense aposentado Yisrael Ziv, ex-chefe da Divisão de Operações das Forças Armadas, alertou que o plano carece de uma visão estratégica clara.
“O que vimos na reunião de gabinete (quinta-feira passada) foi um estado de isolamento político e desespero, enquanto o governo impôs ao Chefe do Estado-Maior (Eyal Zamir) um plano que o exército não considerou viável e empurrou o establishment militar para uma intervenção mais profunda e perigosa”, enfatizou.
É loucura repetir a mesma coisa várias vezes e esperar resultados diferentes, disse Ziv.
O que a ocupação de Gaza pode trazer agora, além de aprofundar o fracasso e aumentar os custos humanos e militares?, ele perguntou.
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