A presidente da comuna de Putreguel, de 73 anos, foi vista pela última vez em 8 de novembro, quando saiu de casa para alimentar os animais e, segundo sua família, havia recebido ameaças por defender 900 hectares de floresta nativa.
“As medidas cautelares emitidas pela Comissão Interamericana e a pressão de organizações de direitos humanos não foram suficientes para desencadear uma busca real ou garantir justiça”, afirmaram em nota os grupos que compõem o espaço Dia a Dia por Julia Chuñil.
A nota alerta que este caso evidencia a falta de proteção aos defensores do meio ambiente, especialmente às mulheres indígenas, e revive práticas repressivas de épocas passadas.
Lucía Sepúlveda, porta-voz do Movimento pela Água e Territórios, afirmou que o governo assinou o Acordo de Escazú e deve cumprir as garantias para aqueles que defendem o meio ambiente.
As organizações que integram o Espaço Dia a Dia, de Julia Chuñil, elaboraram um relatório para o Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas.
O documento de 15 páginas, divulgado à imprensa em frente ao Ministério das Relações Exteriores, denuncia a impunidade, a criminalização do protesto social e o aprofundamento do modelo extrativista sob o pretexto da transição energética.
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