A situação está sendo descrita como uma ameaça à saúde pública em grande parte da América do Norte, enquanto o Canadá enfrenta o que pode ser a segunda pior temporada de incêndios florestais de sua história.

O país tem atualmente mais de 700 incêndios ativos, com mais de 16,5 milhões de acres queimados, de acordo com dados do Centro Interagências Canadense de Incêndios Florestais.

Províncias como Manitoba, Saskatchewan, Ontário e Colúmbia Britânica são os principais focos de incêndio, em uma temporada agravada por temperaturas extremamente altas e seca persistente, que os cientistas associam às mudanças climáticas.

Reportagens da mídia local apontam que a fumaça dos incêndios florestais contém partículas de tudo o que estava no caminho das chamas, incluindo árvores, pneus, materiais de construção e produtos químicos, como retardantes de fogo, de acordo com a Rádio Canadá.

Esta reportagem relatou que, até o momento, neste verão, 306 horas de exposição à fumaça foram registradas em Winnipeg, capital da província de Manitoba, uma cidade que continua enfrentando sua pior temporada de incêndios florestais em três décadas.

Michael Brauer, professor de saúde pública na Universidade da Colúmbia Britânica e especialista no impacto da poluição do ar, explicou que a fumaça desses incêndios pode ter vários efeitos na saúde das pessoas.

Ela pode irritar os pulmões e agravar os sintomas existentes em pessoas com problemas respiratórios, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica, de acordo com declarações citadas pela Rádio Canadá.

Devido a esses incêndios e ao deslocamento da fumaça gerada, o norte dos Estados Unidos também está sofrendo com a deterioração da qualidade do ar.

Wisconsin, Michigan, Minnesota, Illinois, Indiana, Nova York, Vermont, Nova Hampshire e Maine relataram condições adversas desde domingo, disparando alertas de saúde, disseram fontes locais.

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