O incidente ocorreu na cidade de Puno, no sul dos Andes, capital da região homônima, conhecida por sua militância e palco de protestos entre dezembro de 2022 e março de 2023 contra a ascensão da presidente Dina Boluarte à presidência.

A assembleia discutiu medidas a serem tomadas em relação a uma lei recente aprovada pelo impopular Parlamento, que afeta os direitos das comunidades indígenas, segundo as comunidades.

Gutiérrez tomou o microfone do apresentador, mas imediatamente surgiram vozes de rejeição na plateia. Um líder exigiu seu microfone e o acusou de não defender as famílias das vítimas da repressão mencionada e de apoiar o governo, entre outras críticas, e pediu que ele se retirasse.

“Nós o rejeitamos porque ele não defende nossas vítimas nem nossos direitos”, disse um líder camponês.

Do lado de fora do teatro onde a assembleia estava sendo realizada, Gutiérrez afirmou que não era defensor quando as mortes mencionadas ocorreram, principalmente em Puno, mas que monitora os casos e entrou com uma ação judicial contra a lei denunciada pelas comunidades.

O defensor é frequentemente criticado por seu bom relacionamento com o Poder Executivo e o Congresso e por sua atitude morna em relação a violações de direitos dos cidadãos e em questões como o aborto e o fundamentalismo conservador de seitas religiosas.

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