Essas organizações afirmaram em um comunicado que o Partido Revolucionário Moderno (PRM), com maioria no Congresso, ignorou as reivindicações dos cidadãos.
Elas afirmaram que o Código, longe de proteger as pessoas e processar criminosos, é um instrumento para “blindar funcionários e políticos corruptos, silenciar os cidadãos e negar justiça a mulheres, meninas e vítimas de violência”.
A Coalizão Podemos, a Rede Urbana Popular, a Coordenadora Nacional Popular e o Instituto de Gênero e Família da Universidade Autônoma de Santo Domingo (UASD), entre outras organizações, afirmaram que a decisão final será tomada pelo presidente Luis Abinader quando o documento chegar às suas mãos e que ele deverá escolher o legado que deixará ao país.
Reiteraram que o projeto de lei isenta o Estado, os municípios e os partidos políticos de responsabilidade criminal e impõe pena de 20 anos de prisão para crimes de corrupção. Também criminaliza insultos a funcionários públicos, punindo com prisão expressões que “afetem sua dignidade”.
Denunciaram ainda o projeto de lei por permitir buscas sem mandado ou causa provável, dando às forças armadas e à polícia o poder de apreender veículos e pertences sem supervisão.
Ao mesmo tempo, limita a tipificação de feminicídio apenas aos casos de violência sexual ou exposição do corpo da vítima e reduz as penas para violência de gênero, mesmo quando houver ameaças de morte ou a presença de menores.
As organizações signatárias incluem o Capítulo Dominicano da Federação Sindical Mundial, a Coalizão por uma Seguridade Social Digna, o Fórum Cidadão, o Movimento de Mulheres Trabalhadoras e a Associação de Trabalhadoras Domésticas.
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