Naquela que os franceses consideram “a mais bela avenida do mundo”, o presidente Emmanuel Macron liderará o desfile, do qual participarão cerca de sete mil militares uniformizados, 5.600 deles destinados a marchar ao longo do calçadão de quase dois quilômetros de extensão, localizado entre o Arco do Triunfo e a Praça da Concórdia.
De acordo com o governo, o desfile mostrará a capacidade operacional e a credibilidade do exército francês em um cenário global desafiador.
No dia anterior, no tradicional discurso presidencial que antecede as comemorações de 14 de julho, Macron disse em sua saudação aos militares que a França dobrará seu orçamento de defesa até 2027 em comparação com 2017, quando ele chegou ao Elysée.
“Estamos vivendo momentos de inflexão. Nunca antes, desde 1945, a liberdade foi tão ameaçada e a paz no continente (europeu) dependeu tanto de nossas decisões atuais”, disse ele em um discurso no qual acusou a Rússia de representar uma ameaça. O convidado de honra deste ano para as comemorações é a Indonésia, um dos principais clientes do complexo militar-industrial francês.
À noite, parisienses e turistas começarão a entrar no Champs de Mars, onde a Torre Eiffel sediará uma noite cultural com destaques que incluem um concerto e uma exibição de fogos de artifício.
O dia será marcado por um forte esquema de segurança que, de acordo com o Ministro do Interior, Bruno Retailleau, “não tolerará nada”.
Em 14 de julho de 1789, os parisienses tomaram a fortaleza medieval da Bastilha e libertaram os poucos prisioneiros restantes, medidas que marcaram o início da Revolução Francesa.
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