Domingo, Julho 13, 2025
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Palestina denuncia ataques de colonos israelenses e acusa Netanyahu

Ramallah, 12 jul (Prensa Latina) O presidente do Conselho Nacional Palestino, Rawhi Fattouh, denunciou hoje os crimes cometidos por colonos judeus na Cisjordânia ocupada e acusou o governo israelense de usá-los como ponta de lança contra a população civil do território.

Em comunicado, o líder palestino condenou o assassinato de ontem de duas pessoas, uma delas também cidadã americana, durante um ataque de extremistas à cidade de Sinjil.

A nova incursão representa uma perigosa escalada do terrorismo organizado, patrocinado e protegido pelo governo de ocupação de extrema direita, afirmou Fattouh.

O ataque reflete a extensão da decadência moral e da brutalidade praticada pelas milícias de colonos, sob a cobertura oficial das autoridades daquele país, enfatizou.

Nesse sentido, alertou que o governo liderado por Benjamin Netanyahu está fornecendo aos colonos armas, veículos militares e policiais especiais para protegê-los.

O projeto faz parte de um plano mais amplo que visa esvaziar a Cisjordânia de seus proprietários originais, enfatizou.

Fattouh afirmou que essas violações “não são incidentes isolados ou comportamentos desviantes”, mas sim parte de um contexto claro de guerra de genocídio, limpeza étnica e deslocamento forçado.

Ele também criticou “o silêncio da comunidade internacional” diante desses crimes e alertou que tal postura “transforma as organizações internacionais em testemunhas silenciosas do terrorismo” praticado por Israel.

Na semana passada, o Canal 12 de Israel revelou que o número de assentamentos na Cisjordânia aumentou de 128 para 178 desde que a aliança de direita liderada por Netanyahu chegou ao poder no final de 2022.

O relatório foi publicado dias após a divulgação de uma carta assinada por 14 ministros e pelo presidente do Knesset (parlamento) pedindo a Netanyahu que anexasse o território.

Segundo dados oficiais, mais de 750 mil colonos judeus vivem na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, apesar das demandas internacionais, que consideram o território parte do futuro Estado palestino.

jha/rob/bj

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