Entre janeiro e junho deste ano, as exportações uruguaias para os sócios do bloco (Brasil, Argentina e Paraguai) somaram 1,356 bilhão de dólares.
Isso representa uma queda anual de 7,9% nas exportações uruguaias.
Por outro lado, as importações desses destinos chegaram a US$ 2,296 bilhões.
De acordo com o jornal El Observador, isso representa um aumento de 15% em comparação com o mesmo semestre de 2024.
Esses números refletem o aumento do déficit comercial com os parceiros do bloco, que subiu de US$ 523 milhões nos primeiros seis meses do ano passado para US$ 940 milhões no mesmo período de 2025.
O saldo negativo com o Mercosul vem ocorrendo há vários anos, e o governo do presidente Luis Lacalle Pou tem sido um forte crítico dessa assimetria, além de exigir maior flexibilidade para firmar acordos com terceiros países.
Na última cúpula do Mercosul, em Buenos Aires, o bloco sul-americano concluiu um acordo com a Associação Europeia de Livre Comércio, que inclui Suíça, Islândia, Noruega e Liechtenstein (EFTA).
O acordo visa fortalecer o comércio de bens e serviços, os direitos de propriedade intelectual e as medidas sanitárias e fitossanitárias.
O Uruguai também está pressionando por um acordo do Mercosul com a União Europeia, que, segundo o ministro das Relações Exteriores, Mario Lubetkin, poderá ser concluído até o final do ano.
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