Díaz-Canel participa pela segunda vez, como chefe de Estado, de uma cúpula do Brics. A primeira foi em Joanesburgo, África do Sul, na época em que era presidente do Grupo dos 77 e da China.
Acompanham o governante cubano o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, o chefe do Departamento de Relações Internacionais do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, Emilio Lozada, e outras autoridades e funcionários do Ministério das Relações Exteriores da ilha.
Círculos diplomáticos indicaram que, nesta reunião, Díaz-Canel participará de dois painéis e sua presença constitui uma oportunidade para manter encontros com chefes de diferentes delegações dos países membros e parceiros do bloco, bem como de organismos internacionais.
As fontes assinalaram, ainda, que o espaço do Brics é um momento para denunciar o bloqueio e a política agressiva do governo dos Estados Unidos contra a ilha. Sob a presidência do Brasil, o Brics, grupo formado em sua criação pelo país sul-americano, Rússia, Índia, China e África do Sul, anunciou em janeiro a entrada de Cuba e outras oito nações como parceiros.
Esses países passaram a fazer parte da aliança com status inferior ao dos membros efetivos, mas com a possibilidade de participar de cúpulas e reuniões temáticas.
Junto com Cuba, passaram a integrar o Brics na categoria de parceiros: Bielorrússia, Nigéria, Bolívia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Originalmente, o grupo era formado por Brasil, Rússia, Índia e China e tinha a sigla Bric. Depois, a partir de 2010, passou a contar também com a África do Sul e passou a se chamar Brics.
A partir de 2023, foram iniciadas as negociações para a ampliação do grupo.
Na cúpula daquele ano, na África do Sul, foi aprovada a entrada de outros seis países, entre os quais: Egito, Etiópia e Irã.
Embora fizesse parte dessa lista, a Argentina, após a posse do ultradireitista Javier Milei, abandonou o bloco.
A presidência brasileira do Brics começou em 1º de janeiro e tem duração de um ano.
Em conjunto, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabeleceu cinco prioridades de discussão ao longo do calendário.
Em primeiro lugar, facilitar o comércio e os investimentos entre os países do grupo, através do desenvolvimento de novos meios de pagamento.
A promoção da governança inclusiva e responsável da inteligência artificial e a melhoria das estruturas de financiamento para enfrentar as mudanças climáticas.
Além disso, o estímulo a projetos de cooperação entre países do Sul Global, com foco na saúde pública e no fortalecimento institucional do bloco.
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