O Ministério das Relações Exteriores e Expatriados instou o mundo a implementar as resoluções sobre o assunto aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU, especialmente a Resolução 2334.
A natureza dos recentes ataques de colonos contra cidades e vilas palestinas reflete uma clara divisão de papéis entre eles e o exército israelense, enfatizou em um comunicado.
Nesse sentido, acusou esses grupos extremistas de “praticarem as formas mais atrozes de opressão e abuso de cidadãos”.
O Ministério das Relações Exteriores pediu o desmantelamento das organizações de colonos e a imposição de sanções contra todo o sistema de assentamentos israelenses na Cisjordânia.
Na semana passada, o Ministério também condenou os ataques sistemáticos de colonos judeus na Cisjordânia, após a incursão armada na cidade de Kafr Malik, onde extremistas mataram três palestinos e incendiaram várias casas e veículos.
“Em uma cena que reflete a cumplicidade das autoridades de ocupação com essas milícias terroristas, as forças de ocupação impediram que ambulâncias chegassem aos feridos e obstruíram a entrada de equipes de defesa civil”, enfatizou.
O Ministério das Relações Exteriores responsabilizou o governo de Benjamin Netanyahu por esses crimes e instou a comunidade internacional a tomar medidas urgentes para fornecer proteção internacional à população civil palestina. O presidente do Conselho Nacional Palestino, Rawhi Fattouh, fez uma declaração semelhante, destacando que o ataque a Kafr Malik não é um incidente isolado, mas sim “o resultado direto das políticas de incitação e total apoio prestados pelo governo de ocupação a grupos terroristas de colonos”.
Esses grupos agora têm a tarefa de implementar os planos coloniais sob a proteção direta de ministros israelenses, que lhes fornecem armas e transporte, alertou.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários nos Territórios Palestinos Ocupados, colonos realizaram cerca de 1.400 ataques contra cidadãos palestinos na Cisjordânia somente em 2024.
De acordo com dados oficiais, mais de 250 mil colonos israelenses vivem na área ocupada de Jerusalém Oriental e outros 500 mil no restante da Cisjordânia, apesar da rejeição da comunidade internacional a essa política expansionista. A ONU considera essa área parte do futuro Estado palestino e, portanto, exige que Israel a evacue.
mem/rob/glmv