Atualmente, existem dificuldades no processo de localização, construção e operação do Depósito Nacional de Resíduos Nucleares, reconheceu Pichetto nesta quarta-feira durante uma audiência sobre o tema perante as Comissões Mistas de Atividades Produtivas e Meio Ambiente da Câmara dos Deputados.
De acordo com uma reportagem publicada no site do jornal L’Espresso, a reunião parlamentar discutiu o descarte de resíduos nucleares e a identificação de áreas adequadas para o desenvolvimento de usinas de produção de energia renovável, duas questões de crucial importância para o país.
O Ministro lembrou que o Programa Nacional de Gestão de Combustível Irradiado e Resíduos Radioativos foi definido em um decreto aprovado em 30 de outubro de 2019, que estabelece a localização, a construção e a operação do Depósito Nacional. Cinquenta e uma áreas adequadas já foram identificadas para sua possível localização.
No entanto, até o momento, nem as autoridades territoriais nem o Ministério da Defesa, no que diz respeito às estruturas militares, apresentaram qualquer pedido para hospedar este repositório, e esses materiais estão atualmente localizados em várias usinas por toda a Itália.
Os resíduos radioativos, combustível irradiado, fontes desativadas e materiais nucleares que serão transferidos para o Repositório Nacional no futuro estão localizados em vários locais, incluindo quatro antigas usinas nucleares em processo de descomissionamento, administradas pela empresa estatal Sogin.
Eles também estão localizados em um repositório do Ministério da Defesa, no Centro Conjunto de Estudos de Aplicações Militares (CISAM) e em um reator do Instituto Superior de Proteção e Pesquisa Ambiental (ISPRA), entre muitas outras instalações.
A maior quantidade desses resíduos nucleares está localizada na região do Lácio, com mais de 10.000 metros cúbicos, representando 32,3%, seguida pela Lombardia, Piemonte, Basilicata, Campânia, Emília-Romanha, Toscana e Puglia, com 19,70; 18,28; 13,10; 7,95; 3,82; 3,19; e 1,67 pontos percentuais, respectivamente.
O cronograma prevê a inauguração deste Depósito de Resíduos em 2039, para o transporte de rejeitos radioativos de baixo nível provenientes de indústrias, pesquisas, atividades médico-sanitárias e pré-gestão de usinas nucleares.
Caso não seja possível chegar a um acordo sobre a localização dessa instalação, a decisão será tomada por decreto do Presidente da República, sob proposta do Conselho de Ministros, que será emitido após um processo do qual também participarão as autoridades da região correspondente, especificou Pichetto.
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