Declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pelas Nações Unidas em 1996, esse ecossistema com quase 300 quilômetros de extensão está localizado a uma distância variável da costa no mar do Caribe — cerca de 300 metros da costa no norte e até 40 quilômetros no sul — e abrange três dos quatro atóis existentes no continente americano, tornando-se um espetáculo de biodiversidade.
Abriga uma grande variedade de espécies como o peixe-boi, a tartaruga marinha e o crocodilo-americano. Em seus recifes foram identificadas 178 espécies de plantas vasculares, 247 de flora marinha, 500 espécies de peixes, 65 de corais e 350 de moluscos.
Outras espécies comuns na região — que se estima ter aproximadamente 10 mil anos de antiguidade — incluem os pelicanos-pardos. A área também convive com antigos assentamentos da milenar civilização maia.
Em 2021, as autoridades de Belize, em conjunto com instituições internacionais como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), lançaram a marca e o manual de identidade da Barreira de Corais. Essa iniciativa busca fortalecer o valor da Barreira tanto para o turismo quanto para os belizenhos, posicionando-a como um ícone de “sustentabilidade e proteção”.
Essa estratégia não apenas promove o turismo responsável — principal atrativo de Belize —, mas também reconhece o valor econômico e social do recife, essencial para a vida de mais de 190 mil pessoas que dele dependem.
Apesar das medidas de proteção adotadas por autoridades locais e organismos internacionais, os recifes de Belize enfrentam ameaças como a poluição oceânica, o turismo descontrolado, o tráfego marítimo e a pesca.
Outras ameaças incluem furacões, o aquecimento global e o aumento da temperatura dos oceanos. Esses fatores provocam o branqueamento dos corais, que desde 1998 já afetou cerca de 40% do recife.
A Barreira de Corais de Belize não é apenas um destino turístico, mas um legado vivo que deve ser protegido como compromisso com um futuro sustentável para toda a humanidade.
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