A mídia local dedicou extensas manchetes à guerra de palavras entre Trump e Musk, que se intensificou na quinta-feira após as críticas do bilionário ao “grande e belo projeto de lei” aprovado pela Câmara dos Representantes por uma margem de um voto e atualmente em tramitação no Senado.
O presidente Trump disse na véspera que está totalmente focado em questões de política interna e internacional, não em sua disputa com Musk.
De acordo com Trump, seu foco está exclusivamente em sua administração, e é por isso que ele disse: “Tenho os maiores números de pesquisas de todos os tempos” e afirmou que “o país está indo muito bem, nunca esteve melhor. Os números de empregos são excelentes, tudo está indo bem”.
O presidente ameaçou cancelar os contratos do CEO da SpaceX e da Tesla, a quem havia entregue as chaves da Casa Branca poucos dias antes. “Elon e eu tínhamos um excelente relacionamento. Não sei se continuaremos assim”, afirmou.
Musk opinou que “este projeto de lei de gastos do Congresso massivo, ultrajante e inconcebível é uma abominação repugnante”, embora Trump tenha afirmado que seu ex-assistente especial “conhecia todos os aspectos deste projeto. Ele o conhecia melhor do que quase ninguém e nunca teve um único problema até logo após sua saída”.
O ocupante do Salão Oval expressou sua decepção com o bilionário, acrescentando que “eu ajudei muito”. No entanto, Musk negou a afirmação de Trump em sua conta nas redes sociais. “Falso! Este projeto de lei nunca me foi mostrado e foi aprovado na calada da noite tão rápido que quase ninguém no Congresso conseguiu sequer lê-lo”, retrucou.
Musk defendeu o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que chefiava, argumentando que esta divisão havia se tornado simplesmente “o bode expiatório de tudo”.
“Então, se houve algum corte, real ou imaginário, todos culparam o DOGE”, acrescentou, enfatizando que “de alguma forma, o DOGE vai impedi-los de receber o cheque da Previdência Social, o que é completamente falso”.
Musk disse que Trump teria perdido a eleição sem seu apoio e o chamou de ingrato.
O homem mais rico do mundo gastou mais de US$ 277 milhões de sua fortuna para eleger Trump e se tornou um de seus conselheiros mais próximos, além de um visitante frequente não apenas na Casa Branca, mas também em Mar-a-Lago.
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