Segundo o funcionário, o Japão não pode se dar ao luxo de mais atrasos, já que o setor automotivo, pilar da economia nacional, começou a sofrer perdas.
Akazawa viajará aos Estados Unidos pela quinta vez com o compromisso de negociar a eliminação de tarifas contra seu país e expressou seu compromisso de fazer todo o possível para abrir caminho para um acordo.
Uma delegação do governo japonês, liderada pelo ministro mencionado, viajou a Washington em quatro ocasiões anteriores com o mesmo objetivo; no entanto, nenhuma das demandas apresentadas recebeu uma resposta clara; as partes concordaram apenas em continuar as negociações.
Desde o início de março, Trump começou a aplicar uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, que ele pretende dobrar a partir de amanhã.
Outro golpe severo na economia japonesa foi a implementação de uma tarifa adicional de 25% sobre as importações de automóveis de empresas japonesas, um setor econômico fundamental que representa quase 30% das exportações do país para os Estados Unidos.
O presidente dos EUA anunciou essa medida semanas após decretar um novo imposto de 25% sobre automóveis fabricados fora do Japão, de modo que a alíquota para veículos importados do Japão foi adicionada a esse imposto.
Diversos analistas concordam que a indústria automotiva japonesa está em dificuldades.
Além disso, a decisão de impor um imposto de 24% sobre as importações do Japão é vista como um golpe para a economia deste país asiático, que é fortemente dependente de suas exportações para os Estados Unidos e possui um grande número de empresas investindo lá.
Antes da medida entrar em vigor no início de abril, Trump decidiu suspender temporariamente essas tarifas japonesas, e as de uma dúzia de outros países, até o início de julho. Enquanto isso, a tarifa foi reduzida para os 10% universais impostos pela Casa Branca; no entanto, as outras tarifas permaneceram em vigor e continuam a abalar a economia japonesa.
Segundo o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, as medidas tarifárias dos EUA jamais serão apropriadas para fortalecer sua indústria doméstica.
Segundo o líder deste território asiático, o Japão tem sido o maior investidor mundial nos Estados Unidos e criou mais empregos lá do que qualquer outro país.
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