Segundo dados publicados no Relatório Anual de 2025 do Instituto Nacional de Estatística (Istat), as causas deste problema incluem a diminuição da taxa de natalidade, dificultada pela redução do número de mulheres em idade fértil. No ano passado, foram registrados apenas 370.000 nascimentos, quase 200.000 a menos que em 2008.
A análise mostra que a fertilidade atingiu uma baixa histórica de 1,18 filho por mulher, e a tendência de adiamento da paternidade continua.
O saldo migratório é insuficiente para compensar a perda populacional, embora em 2024 as chegadas do exterior tenham totalizado 435 mil, um aumento em relação ao período pré-pandemia. As saídas também aumentaram, com 191.000 pessoas deixando o país, o que representa um aumento de 20,5% em relação a 2023.
Analistas do Istat acharam o aumento da expatriação entre jovens de 25 a 34 anos com diploma universitário particularmente preocupante. O número de expatriados chegou a 21.000, estabelecendo um recorde.
No entanto, os retornos são muito baixos, resultando em uma perda líquida de capital humano qualificado equivalente a 97.000 jovens a cada dez anos.
Quanto às famílias, elas são cada vez menores, com os domicílios unipessoais ultrapassando 35%, enquanto os casais com filhos caíram para 28,2 pontos percentuais, segundo o estudo baseado em dados de 2023.
É evidente uma profunda mudança na estrutura social do país, dado o aumento do número de pessoas que vivem sozinhas, especialmente as maiores de setenta e cinco anos, que agora representam 40%, sendo a maioria mulheres.
Por outro lado, as condições econômicas gerais das famílias pioraram, com a pobreza afetando 8,4% das famílias e sua incidência aumentando em mais de 2,0 pontos percentuais em comparação a 2014.
As famílias italianas com filhos continuam sendo as mais expostas à pobreza absoluta, chegando a 12,4% delas, um aumento de mais de 4 pontos percentuais em relação a 2014, enquanto aproximadamente 1,3 milhão de crianças sofrem com isso, acrescenta a fonte.
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