Sábado, Maio 10, 2025
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A inflação continua aumentando na Argentina, sem parar

Buenos Aires, 9 mai (Prensa Latina) A inflação na Argentina voltou a aumentar em abril, desta vez em 3,2 por cento, enquanto a cifra acumulada do ano se projeta hoje em 31,8 por cento, admitiu o Banco Central, embora estudos independentes a situem em um nível superior.

A instituição bancária divulgou seu relatório Relevamiento de Expectativas de Mercado (REM), que avalia o desempenho de vários itens da economia durante o mês passado.

Seus analistas, de acordo com o Ámbito Financiero, pioraram suas projeções de inflação para os próximos meses, após a aceleração da inflação em março e a flexibilização das restrições ao dólar.

Essa medida levou a um aumento na taxa de câmbio oficial em um esquema de taxa de câmbio flutuante que deve variar de 1.000 a 1.400 pesos (0,84 a 1,17 dólar). Com relação ao dólar, o REM prevê uma taxa de câmbio oficial de 1.171 pesos (0,98 dólar) até o final de maio, o que implica um aumento de quase 80 pesos em comparação com a pesquisa de março. E até o final de 2025, eles esperam um valor de 1.322 pesos (1,11 dólar).

Nessa seção, a variação anual esperada foi de 29,5%, 6,8% maior do que no EMIR anterior. Após a modificação do regime de taxas de câmbio, realizada no âmbito do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o valor do dólar na Argentina aumentou quase 9% em abril.

O setor privado – observa a Ámbito – espera que os aumentos de preços desacelerem a partir de maio e permaneçam em torno de 2% ao mês de junho a outubro, embora aceitem que, pela primeira vez este ano, a estimativa de inflação anual tenha ultrapassado 30%.

O governo reitera sua previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) melhorará, calculando um aumento de 5,1% em relação a 2024, quando a economia teve uma queda de menos 3,2%, a menor taxa da América Latina.

Eles também preveem que a taxa de desemprego cairá de 7% para 6,5 pontos, embora os sindicatos denunciem uma realidade diferente.

Quanto ao comércio exterior de mercadorias, os gurus do Banco Central estimaram um superávit de nove bilhões e 811 milhões de dólares; no entanto, o comércio com o Brasil mostra o contrário: um déficit comercial crescente de 625 milhões de dólares, o maior desde agosto de 2023.

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