Em declarações ao semanário Le Journal du Dimanche, o chefe de governo deixou claro que se trata de uma proposta, considerando que a decisão de consultar a população cabe ao presidente Emmanuel Macron.
Entretanto, ele especificou que seria oportuno contar com o apoio do povo francês para o sucesso de um plano que “exigirá esforços de todo o mundo”.
A França enfrenta um desafio colossal com um déficit de 5,8% do produto interno bruto em 2024 e uma dívida pública de 113%.
O objetivo do governo é reduzir o déficit para 5,4% este ano e 4,6% em 2026, com a meta de reduzi-lo para 3% até 2029, projetando uma economia de pelo menos 40 bilhões de euros no orçamento do próximo ano, um ajuste que está gerando críticas e preocupações sobre seu impacto social.
De acordo com o primeiro-ministro, o eventual referendo, um evento sem precedentes na Quinta República (iniciada em 1958), perguntaria aos franceses sobre um plano coerente com propostas claras.
Bayrou insistiu na seriedade da situação financeira e advertiu que as consequências seriam graves para o futuro da nação se nenhuma ação fosse tomada.
Não descarto nenhuma possibilidade, seria algo sem precedentes”, enfatizou, referindo-se ao referendo, que até o momento foi descrito pela Presidência como “uma hipótese”.
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