Precisamos construir um futuro que seja “não apenas mais inteligente, mas também mais seguro e saudável”, disse o representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que reúne 187 estados-membros.
No Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho, Houngbo pediu o uso da tecnologia para criar empregos melhores e, ao mesmo tempo, garantir que a inovação proteja os direitos e o bem-estar das pessoas.
Esse é um direito fundamental, mas milhões de pessoas em todo o mundo continuam morrendo, se machucando ou adoecendo ao tentar ganhar a vida com o trabalho, lembrou ele.
O desenvolvimento científico, usado para o bem, “pode nos ajudar a avançar significativamente”; a inteligência artificial (IA) e as tecnologias digitais, segundo ele, podem ajudar a transformar o local de trabalho em um espaço mais seguro e saudável.
A robótica, a automação e a IA podem operar em ambientes perigosos e assumir as tarefas mais perigosas, como trabalhar em temperaturas extremas, manusear materiais tóxicos ou navegar em zonas de desastre, disse ele.
Eles também podem aliviar a tensão física, apoiando os cuidadores em hospitais, auxiliando com cargas pesadas na construção e reduzindo o trabalho repetitivo nas fábricas, disse ele.
“Mas a inovação também pode trazer riscos significativos”: o aumento da vigilância do trabalho e o gerenciamento algorítmico, ilustrou ele, podem ameaçar os direitos, a dignidade e o bem-estar dos trabalhadores.
Temos a responsabilidade de entender os riscos à saúde e à segurança da inovação tecnológica e de garantir que ela seja “usada para o bem”, e é por isso que a transição digital deve ser centrada nas pessoas, resumiu ele.
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