Domingo, Maio 04, 2025
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O vulcão Poás, na Costa Rica, está em erupção há seis semanas.

San José, 9 de abr (Prensa Latina) O vulcão Poás, na Costa Rica, está em erupção há seis semanas, liberando gases tóxicos, poluindo rios e explodindo fragmentos incandescentes, que atualmente estão afetando comunidades próximas, de acordo com especialistas locais.

A atividade na cratera desta formação geológica na província de Alajuela, no norte do país, “é crônica e devemos permanecer alertas”, alertaram especialistas da Comissão Nacional de Emergência (CNE) em entrevista coletiva.

As novas erupções do vulcão Poás, cujas colunas de gás de até um quilômetro e meio de altura são visíveis do Vale Central, somam-se a outros impactos, como a chuva ácida que prejudica a agricultura e a pecuária.

Alejandro Picado, presidente do Conselho Nacional de Terremotos (CNE), comentou que a atividade eruptiva vem crescendo desde novembro, com um aumento significativo em janeiro, enquanto outros especialistas concordam que se trata de “um processo crônico, incerto e possivelmente prolongado”.

“Estamos lidando com a situação desde o início e de forma altamente coordenada com todas as instituições, embora o alerta laranja continue em vigor para o Parque Nacional do Vulcão Poás e o distrito vizinho de Toro Amarillo, em Sarchí.

A expulsão de materiais com impacto direto no parque começou no final de fevereiro e início de março e, desde então, o fenômeno se espalhou para as comunidades vizinhas, disse o geólogo Lidier Esquivel.

Realizamos um trabalho de assistência médica em conjunto com os comitês de emergência municipais e locais, disse o chefe do departamento, Bernny Villareal.

“Cerca de 70 pessoas”, explicou ele, “foram afetadas por alergias e outros problemas oculares. Não é nada grave, mas você deve evitar a exposição às cinzas, proteger sua saúde respiratória e ocular com máscaras e, se tiver qualquer outro problema, procure um centro médico.”

O Ministério da Educação Pública, por sua vez, indicou que está monitorando todos os centros educacionais dentro da zona de alerta, por meio das regionais de Alajuela e Occidente, que são as mais afetadas.

“Temos relatos de centros educacionais afetados por cinzas, forte cheiro de enxofre, problemas respiratórios e irritação nos olhos, mas todos estão funcionando; nenhum está fechado”, acrescentaram representantes do ministério.

As colunas ou “plumas” de gás e fragmentos de rocha das erupções do vulcão atingiram alturas de mais de 1.500 metros na terça-feira, relataram especialistas locais, conforme citado pelo Teletica.com.

Pelo menos duas explosões da boca C causaram intensas emissões de cinzas desde o início da manhã, afetando comunidades como Varablanca, adjacente àquela formação geológica, de acordo com o Observatório Vulcanológico e Sismológico da Universidade Nacional.

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