Numa reunião na sede da associação Cuba Coopération France (CubaCoop), o deputado também denunciou a intenção declarada de Washington de matar de fome um povo inteiro e criar-lhe sofrimento para derrubar a Revolução.
Vivemos na maior das Antilhas numa situação económica muito complexa, baseada numa rede de leis e regulamentos com mais de 60 anos de aplicação, afirmou na troca de critérios, que contou com a presença de autarcas e autoridades de comunas como como Vitry-sur-Seine e Villejuif, no departamento de Val-de-Marne, na Região de Paris.
Segundo González, é importante sublinhar que o bloqueio económico, comercial e financeiro dos EUA não ataca apenas os cubanos, mas também ataca a soberania de outros países, e em particular da Europa, com o seu carácter extraterritorial.
Empresas, bancos e cidadãos de nações que não adotaram as leis extraterritoriais dos Estados Unidos (Torricelli e Helms-Burton) são obrigados a cumpri-las, com pressões, ameaças e sanções caso busquem ligações com a ilha, alertou o Herói de a República.
No seu discurso, acompanhado pelo presidente da CubaCoop, Víctor Fernández, recordou o carácter desumano do bloqueio, evidenciado em plena pandemia de Covid-19 com as proibições e obstáculos impostos para impedir Cuba de adquirir ventiladores pulmonares e oxigénio medicinal.
Toda esta pressão sobre a nação antilhana aumentou com a sua inclusão na lista unilateral dos EUA de países que patrocinam o terrorismo, uma medida que procura isolá-la do sistema financeiro internacional, disse ele.
González afirmou que, apesar de tal hostilidade, Cuba não renunciou à sua vocação social sem reverter o acesso gratuito à saúde e à educação, nem adotar políticas de choque; pelo contrário, mantém a sua decisão de avançar.
Por sua vez, o presidente da CubaCoop insistiu na linha de trabalho assumida pela associação de combinar a solidariedade política com a cooperação concreta no domínio económico.
Ambos destacaram a relevância da realização, nos dias 16 e 17 de novembro, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, de um tribunal internacional para julgar o bloqueio, com a participação de organizações sociais, políticas e juristas da Europa e dos Estados Unidos.
Embora a decisão do tribunal, que se baseará em testemunhos e dados sobre as consequências do cerco, não seja vinculativa, representará uma ferramenta para denunciar e lutar contra o bloqueio, concordaram.
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