“O cenário ideal para toda a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos Estados Unidos, é um conflito eternamente latente neste país. O Ocidente precisa da Ucrânia como contrapeso à Rússia, e também como campo de testes para eliminar armas obsoletas”, disse o funcionário.
Em entrevista ao semanário Argumenty i Fakty, Patrushev deu como exemplo das intenções da OTAN de cercar a nação eurasiana a possível incorporação da Finlândia e da Suécia ao bloco militar, apesar das objeções da Turquia e da Croácia, “porque foi assim que Washington decidiu”, ele disse.
“A vontade de outros povos não interessa aos Estados Unidos, embora acredite que muitos dos habitantes desses países percebam a aposta a que estão sendo empurrados”, acrescentou o secretário do Conselho de Segurança.
Perante este cenário de confronto imposto à Rússia, Patrushev afirmou que Moscou será obrigada a reagir à adesão de Estocolmo e Helsínquia à OTAN, uma vez que representa uma ameaça direta à segurança do país.
Por outro lado, quando questionado sobre a duração da operação militar na Ucrânia – conflito que hoje atinge três meses – enfatizou que as autoridades russas não estão obcecadas com as datas, pelo contrário, estão empenhadas em cumprir todos os objetivos estabelecidos.
“É preciso erradicar 100 por cento do nazismo; se não, ele voltará a erguer a cabeça em poucos anos e, ainda por cima, de uma forma muito mais monstruosa. Todos os objetivos traçados pelo presidente russo serão cumpridos, não pode ser de outra forma porque a verdade histórica está do nosso lado”, sublinhou.
Sobre o futuro da Ucrânia, o secretário do Conselho de Segurança afirmou que “será decidido pelas pessoas que vivem neste território”. “A Rússia nunca administrou os destinos de nações soberanas, pelo contrário, nós as ajudamos a defender sua soberania”, acrescentou.
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