Assim, a partir desta segunda-feira e até 2 de maio, serão aplicadas as doses da primeira fase da inoculação antigripal, bem como nos profissionais de saúde.
Entre os dias 3 de maio e 3 de junho, serão administradas as porções de sarampo para crianças de seis meses a menos de cinco anos, com o segundo ciclo da cruzada contra a gripe.
A vacina trivalente contra a gripe utilizada pelo Sistema Único de Saúde é eficaz contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B.
Segundo o infectologista Hemerson Luz, a questão do sarampo é complicada porque o vírus foi quase erradicado com boas campanhas, mas nos últimos anos o país voltou a registrar casos.
Ele especificou que tal cenário pode se tornar um problema se a imunização não atingir a maioria da população.
“O sarampo é altamente transmissível e se a cobertura for inferior a 90%, pode se espalhar. Há cidades do interior que não chegaram a 50%”, alertou.
As crianças brasileiras entre seis meses e menos de cinco anos somam 12,9 milhões e o desafio da carteira da Saúde é injetar pelo menos 95% desse segmento, ou seja, cerca de 12,3 milhões.
O objetivo é atualizar as doses ainda vencidas, além de proteger esse público contra a doença, considerando o risco de maior exposição nos serviços de saúde.
Como parte dessa estratégia, as vacinas tríplice viral e influenza serão ofertadas na mesma visita ao serviço de saúde.
O ministério destaca que a vacinação simultânea é uma atividade recomendada pelo Programa Nacional de Imunizações para reduzir oportunidades perdidas.
Hermerson Luz explicou que os pais não devem temer a vacina nem ficar atentos às notícias falsas sobre os medicamentos que estão circulando ultimamente, principalmente por conta da pandemia da Covid-19.
O infectologista reiterou que o medicamento é seguro e na última década evitou milhões de mortes.
“A vacina não está relacionada ao autismo e algumas pessoas acreditam que isso seja verdade. Até mesmo a cobertura vacinal contra a poliomielite diminuiu”, disse ele.
O Brasil entrou na lista de países com risco de ter casos de poliomielite porque a cobertura de vacinação também diminuiu.
“É de extrema importância que os pais responsáveis levem seus filhos para serem vacinados porque o sarampo é uma doença potencialmente grave”, alertou o especialista.
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