Em carta aberta ao presidente Alejandro Giammattei, os profissionais de saúde ficaram “muito decepcionados e frustrados com o histórico abandono do sistema de saúde pelos diversos governantes no poder”
“Um dos principais problemas é a falta de medicamentos básicos para tratar pacientes com doenças comuns, raras, fáceis, difíceis e de todo tipo”, diz o texto aprovado em assembleia de profissionais e em que pedem aprovação ao Chefe de Estado de um Decreto Presidencial chamado “Zero Nunca Mais”.
Nas últimas semanas, o problema de abastecimento em San Juan De Dios se agravou a ponto de afetar diretamente a população que vem com a esperança de ter um tratamento digno, afirma o documento.
“Tentamos ser ouvidos em diferentes níveis, mas não encontramos soluções que satisfaçam as constantes reclamações da população”, detalha a nota na parte intitulada Antecedentes.
De acordo com os médicos, é uma tradição que as famílias dos pacientes têm que gastar dinheiro com suprimentos hospitalares, e infelizmente muitos não têm o poder de compra para cobrir essas despesas.
“Consideramos que somos a voz de tantos pacientes indefesos que perderam não apenas a saúde, mas também a capacidade de reivindicar seus direitos”, apontam na carta.
Entre os pedidos a Giammattei está a possibilidade de ter um escritório na próxima sexta-feira na Casa Presidencial, onde, dizem, “irão com a maior das esperanças de mostrar que a Guatemala pode almejar ser um país justo, justo e onde respeite uns aos outros” direitos humanos”.
O sindicato dos profissionais de saúde ainda delineia o teor do suposto Decreto, que visa garantir a existência permanente de todos os medicamentos da lista básica e um plano de melhorias na infraestrutura atual do centro e a manutenção preventiva e corretiva dos diversos equipamentos, bem como a compra de inexistentes.
As demandas ao presidente acontecem em um momento de crise em outro hospital geral do país, o Roosevelt, onde grupos de médicos bloquearam várias avenidas no dia anterior em protesto pelo não pagamento de salários desde janeiro.
Embora o Ministério da Saúde tenha anunciado que o problema técnico com as folhas de pagamento já foi resolvido e serão pagos hoje, está circulando um chamado para novos bloqueios em quatro importantes avenidas desta capital até que a promessa seja cumprida.
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