A tradicional parada militar de Madrid, cancelada no ano passado devido à pandemia, decorreu numa manhã ensolarada e com menos efetivos destacados, ainda com medidas preventivas face à existência do Covid-19, embora em declínio.
As atividades foram realizadas no amplo Paseo de la Castellana, embora a tribuna de honra chefiada pelo Rei Felipe VI e pela Rainha Letizia estivesse instalada na Plaza Lima, de onde se avistava a parada.
O soberano recebeu uma mensagem do Papa Francisco, que o felicitou pela data, também conhecida como Feriado Nacional da Espanha, e encorajou a nação ibérica a avançar depois da prolongada crise devido ao novo coronavírus.
A principal cerimónia pública da data terminou com uma recepção no Palácio Real, que contou também com a presença do Presidente do Governo, Pedro Sánchez.
O encontro formal, sem bebidas ou refeições para evitar o não uso de máscaras, teve a particularidade de ser realizado de forma descontraída e sem declarações estridentes tanto dos partidos de esquerda no poder como da oposição de direita.
Da mesma forma, foi notória a participação dos ministros do grupo Podemos na recepção, já que este partido não reconhece a monarquia e defende a República, como reiterou sua líder, Ione Belarra, nesta terça-feira.
A data escolhida, 12 de outubro, simboliza a integração dos reinos da Espanha na mesma monarquia, e o início de um período de projeção linguística e cultural para além dos limites europeus, de acordo com a lei aprovada em 1987.
É considerado um dia memorável porque a partir daí começou o contato entre a Europa e a América, culminando no denominado ‘Encontro de dois mundos’, mas a colonização europeia do denominado Novo Mundo foi pontilhada de inúmeras controvérsias e polêmicas.
Na verdade, se for fiel à história, a existência da América também não foi revelada em 12 de outubro de 1492, pois Cristóvão Colombo sempre acreditou ter chegado às Índias.
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