Quinta-feira, Dezembro 18, 2025
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Venezuela questiona credibilidade do Alto Comissário de DDHH da ONU

Caracas, 17 dez (Prensa Latina) O ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, questionou a falta de credibilidade do suposto relatório apresentado ontem pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, sobre a Venezuela, segundo informações divulgadas hoje aqui.

Através de sua conta no Telegram, o alto diplomata afirmou que há um “preocupante distanciamento do sistema da ONU em relação à autêntica defesa dos direitos humanos”.

Ele indicou que isso se alinha mais aos interesses das potências que condicionam seu financiamento em troca de favores políticos, o que coloca em risco os princípios fundamentais estabelecidos na Carta das Nações Unidas.

Gil expressou que é um dever moral rejeitar veementemente a atuação do Alto Comissário, que, enquanto ignora o assalto dos Estados Unidos a um navio com petróleo venezuelano, “elabora um relatório repleto de falácias que se soma aos ataques contra nosso país”.

Ele denunciou que essa situação não só prejudica a credibilidade da ONU, mas também coloca em dúvida seu compromisso com a justiça e a equidade no âmbito internacional.

Ao intervir ontem no fórum de Genebra, na Suíça, o representante permanente da Venezuela perante esse órgão, Alexander Yánez, expôs ao Alto Comissário que a “chave fundamental para a defesa dos direitos humanos é a credibilidade”.

Ele afirmou que o que foi apresentado na reunião de ontem “nega, em sentido amplo, a ideia de independência e objetividade que todo funcionário que aspira defender a causa dos direitos humanos deve ter”.

A esse respeito, ele comentou que o relatório se baseia em “fontes tendenciosas, parciais ou inventadas” e exige uma rejeição categórica, ao evidenciar, no mínimo, “um grave problema de supervisão e verificação ou, no máximo, um alinhamento com uma potência que condiciona o financiamento a favores”.

O diplomata bolivariano destacou que, há vários anos, a Venezuela vem denunciando que a resolução imposta por um grupo fracassado de países contra o povo “obedecia à chamada política de pressão máxima aplicada pelos Estados Unidos para forçar uma mudança de regime político” em Caracas.

Ao se referir à presença militar dos Estados Unidos no Caribe desde agosto passado, ele ressaltou que “é uma prova irrefutável dessa política”.

A nefasta política de pressão máxima, afirmou, implicou o lançamento de campanhas midiáticas e diplomáticas para conspirar contra o governo revolucionário da Venezuela com dois objetivos: a desestabilização interna e o isolamento internacional, e considerou que “eles fracassaram”.

Yánez indicou que os Estados Unidos e a Europa intervieram na República Bolivariana com financiamento, com suas Organizações Não Governamentais, operações secretas, sabotagens ao sistema elétrico e eleitoral, com terrorismo contra a indústria petrolífera e tentativa de assassinato.

Ele estimou que alguns países do Conselho de Direitos Humanos e do Alto Comissariado foram “usados como caixa de ressonância para essa operação de mudança de regime”.

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