Seu depoimento foi remarcado para esta quarta-feira depois que ontem o fez o ex-ministro do setor e médico Luiz Henrique Mandetta, que prolongou por quase oito horas sua apresentação.
A emissora de televisão CNN Brasil garante que Teich, com apenas 29 dias no cargo, deve ser questionado sobre negociações com farmacêuticas e vacinas, já que foi durante sua gestão que o governo deu início a tal processo.
Entre os questionamentos, destaca a emissora, está, por exemplo, o questionamento do plano que Teich, ao sair da pasta, recomendou ao governo federal e nunca foi executado.
A CNN lembra que o roteiro do palestrante prevê pelo menos 36 perguntas ao ex-ministro, embora o tema principal, porém, deva ser a hidroxicloroquina, principal motivo de seu abandono do cargo.
Em seu discurso de despedida, Teich disse em 15 de maio de 2020: ‘A vida é feita de escolhas e eu escolhi ir embora. Digo que fiz o meu melhor durante o tempo que estive aqui.’
Durante seu depoimento, Mandetta acusou ontem o ex-militar de descartar as recomendações para enfrentar a pandemia, formuladas por especialistas e pela Organização Mundial de Saúde.
Ele observou que o ex-capitão do Exército executou um programa de negação com consequências catastróficas.
Ele confessou que Bolsonaro defendeu o uso de cloroquina para tratamento precoce contra a Covid-19, mesmo sem evidências científicas.
E aparentemente, segundo Mandetta, o governante deve ter outras fontes de informação, pois o uso da droga não foi recomendado pelo ministério.
‘Lembro que o presidente sempre questionou a questão relacionada à cloroquina como válvula de tratamento precoce, embora sem evidências científicas’, disse o ex-ministro (janeiro de 2019 a abril de 2020).
Para Mandetta, enquanto a pasta se reunia para discutir ações contra a pandemia, Bolsonaro havia formado uma espécie de ‘comitê paralelo’ no qual Carlos Bolsonaro, seu filho, atuava.
O CPI foi criada para investigar a atuação do Poder Executivo na pandemia e fiscalizar a aplicação dos recursos federais pelos estados e municípios.
O Brasil acumula até o momento 411.588 mortes e 14.856.088 infectados pelo coronavírus SARS-CoV-2, causador do Covid-19.
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