Na reunião partidária realizada ontem em Usulután, no leste do país, os convencionais se pronunciaram a favor da participação, apesar de considerarem ilegais as reformas feitas em julho deste ano à Constituição.
O FMLN tornou-se assim o primeiro grupo da oposição a decidir participar nas eleições, enquanto o partido de centro-direita Vamos e a Aliança Republicana Nacionalista (Arena), de direita, ainda estão em processo de debate.
O acordo será anunciado nesta segunda-feira em uma coletiva de imprensa oferecida semanalmente pelo secretário-geral do grupo vermelho, Manuel “Chino” Flores.
Segundo informações, o FMLN decidiu participar em todos os níveis das eleições gerais de 2027, de acordo com fontes políticas que participaram neste domingo da 45ª Convenção Nacional Ordinária do partido.
A reunião ocorreu na Hacienda Santa Fe, no município de Usulután Oeste, em meio a atividades culturais.
Apesar da importância do evento, o partido não emitiu um comunicado ao final do dia e espera-se que o anúncio oficial sobre sua decisão de enfrentar o presidente Nayib Bukele nas eleições de fevereiro de 2027 seja divulgado nesta segunda-feira.
Fontes que pediram anonimato disseram à Prensa Latina que Flores não será candidato e que apresentarão outra figura, embora sem especificar quem será o candidato nas eleições.
Há vários anos, o partido vermelho iniciou um processo de reformas internas cujos resultados ainda não são visíveis, algo que se viu nas últimas eleições, onde alcançou apenas 6,4% dos votos na disputa presidencial, sem conseguir representação nas prefeituras nem na Assembleia Legislativa.
Antes da convenção, foram realizadas assembleias departamentais nas quais se discutiu a conveniência ou não de participar nas eleições de 2027 e, aparentemente, na maioria dessas assembleias, a opinião majoritária dos convencionistas é que se deve participar.
As eleições presidenciais deveriam ter sido realizadas em 2029, mas as reformas constitucionais promovidas pela maioria do partido Nuevas Ideas na Assembleia encurtaram o mandato em três anos e agora se preparam para consolidar a continuidade de Bukele à frente do país, segundo críticos.
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