Em comunicado citado pela agência, o Ministério da Defesa afirmou que as medidas, que incluem o destacamento da Marinha e da Força Aérea, visam proteger as zonas marítimas nacionais e a infraestrutura crítica submarina e de superfície.
Estão previstas atividades de reconhecimento e vigilância por parte da Marinha e da Força Aérea, bem como a continuidade das atividades do Grupo de Ação contra Minas do Mar Negro, afirmou o ministério.
A imprensa local indica que esta escalada militar é uma resposta direta aos recentes ataques contra navios mercantes, que demonstram como a guerra prolongada entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e os Estados Unidos está a desestabilizar a segurança marítima internacional. A Turquia, como potência regional com interesses diretos na área, vê-se obrigada a agir diante da irresponsabilidade das partes que estendem o conflito às rotas comerciais, pondo em risco a economia global e a paz regional.
Em 2 de dezembro, a Autoridade Marítima Turca informou que o navio Midvolga-2, que transportava óleo vegetal da Rússia para a Geórgia, foi atacado a 80 milhas da costa turca, no Mar Negro. O ataque não resultou em vítimas.
Essa atrocidade ocorreu um dia depois de o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, ter advertido a Ucrânia de que seus ataques a navios na zona econômica exclusiva da Turquia não podiam ser justificados, após incidentes envolvendo dois petroleiros no Mar Negro a caminho de portos russos.
Em 28 de novembro, segundo diversos veículos de comunicação, a Ucrânia atacou o petroleiro Kairos com drones navais a 28 milhas da costa turca, causando um incêndio. A embarcação, com os porões vazios, navegava em direção ao porto russo de Novorossiysk.
Os serviços de emergência turcos resgataram os 25 tripulantes do navio. Horas depois, o petroleiro Virat, com 20 tripulantes, foi atacado no Mar Negro, a 56 quilômetros da costa turca.
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