Um comunicado divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério das Relações Exteriores italiano indica que, nessa conversa, Tajani e Rubio trocaram opiniões sobre os atuais esforços de mediação de paz na Ucrânia, a crise em Gaza e no Oriente Médio, bem como sobre a situação na Venezuela.
Em relação ao conflito ucraniano, o ministro italiano reafirmou que seu governo está disposto a “contribuir de forma construtiva para o processo, tendo em mente o objetivo de garantir a soberania da Ucrânia e a segurança euro-atlântica”, diz o documento.
Sobre a situação em Gaza, Tajani reiterou o apoio italiano ao Plano de Paz de Sharm el-Sheikh para pôr fim aos ataques de Israel contra a Faixa, que já causaram a morte de mais de 67 mil palestinos, e expressou sua esperança de que ele passe em breve para sua segunda fase.
O ministro referiu-se ao compromisso de Roma com o Centro de Coordenação Civil e Militar (CMCC) em Kiryat Gat, estabelecido em outubro de 2025 como parte das ações para a estabilização da Faixa de Gaza, com a supervisão da implementação do acordo de cessar-fogo e o apoio ao aumento da ajuda humanitária.
Os carabineiros italianos designados para a missão de assistência fronteiriça EUBAM Rafah estão dispostos a ajudar na reabertura da passagem quando as condições o permitirem e a contribuir para a formação das autoridades policiais palestinas, acrescentou o alto funcionário.
Por outro lado, Tajani expressou sua preocupação com o aumento da violência dos colonos na Cisjordânia que, segundo ele, poderia comprometer o sucesso do Plano de Paz.
Na conversa telefônica, segundo o relatório, também foram discutidas as situações no Líbano, na Síria e na Líbia, sobre as quais os dois ministros das Relações Exteriores concordaram em manter uma estreita coordenação, bem como sobre a Venezuela, que “continua sendo motivo de preocupação”, enquanto continuam as ameaças dos Estados Unidos contra esse país.
O secretário de Estado norte-americano afirmou a Tajani que Washington “mantém seu compromisso” de apoiar a Itália nas negociações para a libertação de alguns cidadãos europeus detidos em território venezuelano, ações que se tornam difíceis em meio ao clima de tensão gerado pela Casa Branca.
Na última terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfatizou, durante uma reunião de seu gabinete, que “muito em breve” começarão os ataques terrestres dentro da Venezuela, que seu governo tenta justificar com o falso argumento de uma campanha contra supostos traficantes de drogas.
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