No âmbito da visita de Estado do presidente francês, Emmanuel Macron, o líder asiático destacou o valor estratégico da relação bilateral.
Xi Jinping afirmou que ambas as nações, como potências independentes, devem promover um multilateralismo eficaz e uma globalização inclusiva.
Por isso, Xi explicou que ambos os mandatários concordaram, em primeiro lugar, em reforçar a confiança política mútua, especialmente em questões relacionadas com os seus interesses centrais e preocupações estratégicas.
As duas nações se comprometeram a ampliar a cooperação prática em setores tradicionais, como aeronáutica, aeroespacial e energia nuclear, bem como em áreas emergentes, como economia verde, inteligência artificial e biotecnologia.
Durante a troca com jornalistas, o presidente chinês também destacou a necessidade de garantir um ambiente empresarial justo, transparente, não discriminatório e previsível para as empresas de ambos os países.
Ele acrescentou que as duas partes concordaram em aprofundar os intercâmbios em cultura, educação, ciência e cooperação descentralizada, incluindo uma nova fase de colaboração na conservação do panda gigante.
Os líderes destacaram que um quarto eixo necessário é impulsionar a reforma da governança global e reafirmaram seu apoio ao sistema multilateral centrado na ONU e à ordem baseada no direito internacional.
Sobre a crise na Ucrânia, Xi reiterou o apoio da China a qualquer esforço pela paz e defendeu uma solução negociada, justa e duradoura.
“A China continuará a desempenhar um papel construtivo na solução política da crise e se oporá resolutamente a qualquer ato irresponsável de acusação e difamação”, afirmou.
Sobre o conflito na Palestina, ele anunciou que Beijing destinará US$ 100 milhões em ajuda humanitária para a região, com o objetivo de aliviar a crise em Gaza e apoiar sua reconstrução.
Macron e Xi concordaram com a urgência de se chegar a uma solução integral e justa para o conflito israelo-palestino.
O presidente chinês enfatizou que a abertura continua sendo uma política fundamental da China e que, durante o XV Plano Quinquenal (2026-2030), os setores de acesso ao mercado serão ampliados e será promovida uma realocação ordenada das cadeias produtivas.
Esta é a quarta visita de Estado de Macron à China desde o início de seu mandato e, nesta ocasião, a agenda está focada em ampliar e otimizar as relações econômico-comerciais.
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