Essa informação consta do mandado de prisão expedido esta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Tribunal de Execução Penal (TEP) do Distrito Federal.
Condenado a 27 anos e três meses em regime fechado, sua pena tem previsão de término em 2052.
Bolsonaro começou a cumprir sua pena no final de novembro na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília.
O mandado de execução da pena foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em 25 de novembro, quando Bolsonaro estava em prisão preventiva por desobediência a ordens judiciais.
No regime semiaberto, o indivíduo pode sair da unidade prisional durante o dia para estudar ou trabalhar, mas deve retornar à prisão à noite.
O certificado também indica que o regime semiaberto pode estar sujeito a alterações e depende do acompanhamento do cumprimento da pena, por exemplo, a prática de infrações pode atrasar o cumprimento da pena.
Além disso, pode haver redução da pena por meio de remissão (por trabalho, estudo ou leitura) ou por outros motivos que justifiquem a redução da pena (como transtornos mentais). A remissão da pena permite a dedução de um dia da sentença para cada três dias de trabalho ou estudo.
De acordo com o Serviço de Promotoria Especial, “as informações contidas neste certificado são extraídas do Sistema Informatizado desenvolvido a partir de guias de coleta e certidões de antecedentes criminais”.
Esses dados, acrescenta o TEP, podem estar sujeitos a alterações e não garantem a concessão automática de benefícios; portanto, uma análise processual de cada caso específico é essencial.
No entanto, a equipe de defesa de Bolsonaro anunciou que entrará com um novo pedido de prisão domiciliar humanitária no Supremo Tribunal Federal, devido às suas comorbidades.
O STF poderá conceder esse benefício ao presidente de extrema direita até o final do ano.
A prisão tem um efeito simbólico dentro do bolsonarismo (apoiadores do ex-presidente de extrema direita).
Grande parte do movimento político que surgiu em 2018 dependia de seu carisma pessoal e presença constante nas redes sociais. Seu confinamento limita essas ferramentas e levanta questões sobre quem assumirá a liderança da direita, especialmente com a proximidade das eleições de 2026.
Com todos os recursos legais esgotados e o caso considerado encerrado, Bolsonaro, de 70 anos, enfrenta um cenário sem possibilidade imediata de reversão.
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